RS: Juiz Luís Antônio Johnson fala sobre importância da atividade extrajudicial durante o 73º Encontro do CNB/RS

Porto Alegre, 31 de outubro de 2019

RS: Juiz Luís Antônio Johnson fala sobre importância da atividade extrajudicial durante o 73º Encontro do CNB/RS

por Equipe do Site

Apresentando o tema ‘A relevante missão do notário no atual cenário brasileiro’, o juiz diretor do Foro da Comarca de Lajeado, Luiz Antônio de Abreu Johnson, deu continuidade ao 73º Encontro Estadual dos Tabeliães de Notas e Protesto do RS. Promovido pelo Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS), o evento acontece nesta sexta-feira e sábado (25 e 26), no Hotel Deville, em Porto Alegre.

Johnson iniciou sua fala comentando o caso de dois haitianos refugiados que se mudaram para Lajeado, cidade do interior do Estado, e desejavam se casar. Conforme o juiz, inicialmente, o casamento civil dos dois não podia ser realizado, em função do que considerou “documentos precários e sem valor jurídico” para identificação que receberam da embaixada no Brasil.

Enquanto juiz diretor do Foro da Comarca de Lajeado, o caso chegou a seu conhecimento. “Atualmente existem de três a quatro mil haitianos, senegaleses e de outras nacionalidades em Lajeado, em função das empresas frigoríficas. Essa é uma situação que nunca tinha acontecido, mas baseado nos princípios da dignidade humana, da afetividade e igualdade dos cidadãos, decidi permitir o casamento”, explicou.

Ele continuou justificando a razão da contextualização. “Contei este caso para mostrar a importância da atividade do notário e do registrador, porque esse documento transformou a vida de pessoas que não tinham quase nenhum direito civil. Hoje, eles ainda estão casados e tem filhos registrados na forma correta da lei”.

Na sequencia, apresentou o contexto histórico do Direito Notarial, destacando que fontes históricas evidenciam o surgimento da matéria ainda no período dos Impérios e Reinos. “Escribas e tabeliones estiveram presentes ao lado dos soberanos e Pontífices para redigir e portar por fé os atos da realeza, da vida comum e os atos eclesiásticos”, explicou.

Conforme Johnson, o primeiro ato notarial realizado no Brasil foi lavrado por Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, que narrou a descoberta do país e a posse da terra em caráter descritivo.

Encaminhando-se para o fim da apresentação, o juiz mencionou o papel importante das serventias na desjudicialização e citou a Lei nº 11.441/2007 que permitiu o divórcio consensual diretamente nos cartórios. “O fenômeno da desjudicialização é tema constantemente abordado em muitos países que enfrentam crise no poder judiciário, dentre eles, o Brasil. Neste contexto, a atividade notarial representa importante instrumento para plena, rápida e eficaz realização do direito, tornando-se um braço forte do Estado”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Imprensa Felipe Vieira
 

Notícias

Da percepção do salário no regime da comunhão parcial de bens

Da percepção do salário no regime da comunhão parcial de bens Pedro Linhares Della Nina O STJ, em 21/11/23, enfrentou questão jurídica sobre a percepção dos proventos (art. 1.659, VI, do Código Civil) ser ato particular do cônjuge. Porém, quando percebido, a remuneração integra a meação de...

Proposta de alteração no Código Civil não muda status jurídico dos animais

SERES COISIFICADOS Proposta de alteração no Código Civil não muda status jurídico dos animais José Higídio 26 de março de 2024, 8h51 De acordo com a proposta da relatoria-geral, “os animais, objetos de direito, são seres vivos sencientes e passíveis de proteção jurídica própria, em virtude da sua...

Como fica a divisão dos bens em uma separação?

Como fica a divisão dos bens em uma separação? Francisco Gomes Júnior Antes de casar ou unir-se, defina o regime de bens e faça acordos antenupciais para evitar disputas na separação. segunda-feira, 25 de março de 2024 Atualizado às 07:58 Ultimamente, com a notícia de diversos casos de famosos...

Casamento em cartório oficializa amor entre mulheres

Casamento em cartório oficializa amor entre mulheres 22 de março de 2024 - Notícias CNJ / Agência CNJ de Notícias Contar com a segurança do “papel passado” para oficializar a união levou um casal de mulheres a tomar a decisão mais importante em pouco mais de dois anos de vida em comum: casar...