O novo papel do advogado nas empresas

O novo papel do advogado nas empresas

Brasil ingressou no mercado global como player e não como mero espectador. Esse movimento criou uma série de novas demandas, atualmente envolvidas em questões complexas

30/10/2012 -  Sempre Brasil comunicação 

Não faz muito tempo a figura do advogado só era vista nas reuniões de gestão, quando um problema ou uma crise, já se encontrava em andamento. Fazia parte da nossa cultura empresarial acioná-lo de forma reativa e no calor das emoções, tal qual um paciente que espera os sintomas se agravarem para procurar o médico.

Hoje a realidade é muito diferente. É inegável que o Brasil ingressou de fato no mercado global, como player e não como mero espectador, todavia esse movimento criou uma série de novas demandas nas organizações, atualmente envolvidas em questões complexas.

Neste novo cenário, se tornou fundamental e obrigatória nas empresas a presença do executivo do Direito, munido de visão de negócios, conhecimento de legislação, experiência na negociação e elaboração de grandes contratos, processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas: marítima, petrolífera e ambiental.

As grandes corporações largaram na frente ao perceber que o advogado executivo possui uma visão sistêmica e privilegiada do próprio negócio e suas muitas facetas. De tal maneira, que este profissional transformou-se em um gestor que se envolve em todas as etapas de um negócio, passando assim, a ter função primordial no desenvolvimento estratégico e nos rumos da empresa.

Em sua trajetória dentro de uma organização o advogado tem a oportunidade de acompanhar um tema desde o seu nascimento, participando das fases de planejamento e contratação, com o diferencial de conhecer também os bastidores, ou seja, as leis, os aspectos práticos do nosso ordenamento e da empresa, ignorados muitas vezes por quem toma as decisões, mas desconhece todos desdobramentos e elos onde estão os problemas.

Em um discurso, ou declaração, este profissional dificilmente cometerá deslizes, verdadeiros pesadelos na era da informação, para qualquer acionista, que muitas vezes vê a imagem da corporação ser comprometida por uma declaração infeliz. Trata-se de um conjunto de vantagens expressivo.

Esta mudança ganhará ainda mais força nos próximos anos, pois o movimento econômico de abertura de capital de muitas empresas levará à maciça atuação de profissionais que tenham efetivamente uma bagagem com sólidos conhecimentos sobre a parte legal e compliance.

As empresas que complementarem seu staff executivo, com este tipo de profissional, certamente terão uma grande vantagem competitiva na identificação de oportunidades e na velocidade de resolução de processos internos sobre seus concorrentes, além de reduzir sensivelmente os gastos e custas com o surgimento de demandas judiciais.

 

* Talles Franco Giaretta é Diretor Jurídico da ToyoSetal, especialista em Direito Empresarial


Extraído de INCorporativa

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