CAS aprova projeto que regulamenta a atividade de DJ profissional

Geraldo Magela/Agência Senado

CAS aprova projeto que regulamenta a atividade de DJ profissional

Elina Rodrigues Pozzebom | 13/05/2015, 12h25 - ATUALIZADO EM 13/05/2015, 12h45

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) confirmou, nesta quarta-feira (13), o texto do projeto que regulamenta a profissão de DJ (disc-jockey) ou Profissional de Cabine de Som DJ  e de Produtor DJ. Os senadores rejeitaram o substitutivo da Câmara, recuperando a proposta aprovada pelo Senado em 2011. A matéria segue para o Plenário.

Pelo texto do PLS 322/2010, para desempenhar a profissão, o DJ deverá obter registro profissional junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e a concessão vai depender da apresentação de certificado de curso profissionalizante na área. A proposta também estabelece a jornada de trabalho de seis horas diárias e 30 horas semanais, e assegura a liberdade de criação interpretativa dos profissionais, desde que seja respeitada a obra original.

O projeto também regula a atuação de DJs estrangeiros. Esses ficam dispensados de comprovar a realização de curso técnico desde que sua permanência no país seja inferior a 60 dias. No entanto, em eventos com artistas internacionais, fica exigida a participação de, pelo menos, 70% de profissionais brasileiros.

A matéria foi relatada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) que considerou “exorbitante” o nível de detalhamento do texto vindo da Câmara e, por isso, recomendou sua rejeição. O substitutivo dizia, por exemplo, que a profissão só poderia ser exercida por quem passasse por curso técnico específico de pelo menos 800 horas-aula, "carga horária superior a dois cursos de pós-graduação para outras profissões", frisou.

De autoria do ex-senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), o projeto insere a atividade profissional na Lei 6.533/1978, que regulamenta as profissões de artista e de técnico em espetáculo de diversões. O texto resgata projeto do falecido senador Romeu Tuma (PLS 740/07) que chegou a ser aprovado nas duas casas legislativas, mas foi vetado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Profissões

A aprovação do projeto teve um tom melancólico, já que iniciativas semelhantes estão sendo vetadas pelo Executivo há vários anos, seguindo orientação do Supremo Tribunal Federal (STF) de reduzir a regulamentação de profissões. O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) sugeriu até mesmo que a Casa intensifique o debate com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre critérios válidos e plausíveis para a regulamentação profissional, para que não se caia no exagero do detalhamento nas propostas aprovadas pelo Congresso.

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) também defendeu uma discussão global sobre o tema, e registrou a necessidade de os profissionais dos mais diversos escopos compreenderem que os direitos profissionais não necessariamente se dão com o reconhecimento da profissão, mas que também é preciso um esforço da sociedade para garanti-los.

Açúcar

Proposta que teve parecer do senador Otto Alencar (PSD-BA) pela rejeição causou intenso debate na reunião da CAS. O PLS 8/2015, do senador José Medeiros (PPS-MT), prevê que as embalagens de bebidas açucaradas devam conter advertência sobre os malefícios que o consumo abusivo pode provocar. Mas, para o relator, a proposta também afeta normas do Mercosul, e por isso não deve ser aprovada.

A senadora Lídice da Mata chegou a apresentar um voto em separado que não foi discutido porque ela espera chegar a um acordo sobre o texto com o relator, por isso, foi concedida vista coletiva. Otto, entretanto, se mostrou convicto sobre a rejeição. A senadora Lúcia Vania (PSDB-GO) apresentou requerimento para a realização de audiência pública sobre o tema, preocupada especialmente com a obesidade infantil. O pedido deve ser votado na próxima reunião da comissão

— O assunto é de extrema gravidade, não é para ser votado de forma açodada — disse.

Também foi concedida vista ao PLS 286/2014, que concede auxílio-doença ao segurado da Previdência Social por motivo de doença do cônjuge, dos pais, dos filhos, do padrasto, madrasta, enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste da sua declaração de rendimentos.

Agência Senado

 

Notícias

Aumento de renda do pai gera revisão de valor da pensão alimentícia

BOLSO CHEIO Aumento de renda do pai gera revisão de valor da pensão alimentícia 8 de março de 2024, 7h49 A autora da ação lembrou que o valor inicial da pensão foi fixado em 27,62% do salário mínimo nacional, já que na época o pai da criança não tinha boa condição financeira. Prossiga em Consultor...

TJSC permite que mulher retire o sobrenome do marido mesmo durante o casamento

TJSC permite que mulher retire o sobrenome do marido mesmo durante o casamento 01/03/2024 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do TJSC) Em decisão recente, a 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina – TJSC garantiu que uma mulher retire o sobrenome...

Juiz reconhece impenhorabilidade de pequena propriedade rural em Goiás

GARANTIA CONSTITUCIONAL Juiz reconhece impenhorabilidade de pequena propriedade rural em Goiás 4 de março de 2024, 9h43 Na decisão, o magistrado acolheu os argumentos do produtor rural e lembrou que para que uma propriedade rural seja impenhorável basta que se comprove que ela não é maior do que os...