94% dos advogados concordam com a obrigatoriedade do Exame de Ordem

Maioria dos advogados brasileiros concorda com o Exame de Ordem

(08.02.12)

De acordo com a pesquisa "Percepção de Advogados do Brasil sobre o Exame da Ordem", divulgada ontem (7) pela Fundace, Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia, criada por docentes da Universidade de São Paulo, 94% dos advogados brasileiros concordam com a obrigatoriedade do Exame de Ordem para o exercício da profissão.

A pesquisa, coordenada pelos professores Cláudio de Souza Miranda e Marco Aurélio Gumieri Valério, do Departamento de Contabilidade da FEA-USP/RP, consultou 1.119 advogados de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro de 3%. Um dos motivos que levou à realização da pesquisa, foi a ação movida por um bacharel em Direito, que chegou a ser analisada pelo STF.

Além de perguntar sobre a obrigatoriedade, a pesquisa também questionou os advogados quanto à capacidade de avaliação do exame. De forma geral, 50% o consideram "um instrumento apto" e 16% o consideraram "muito apto".

Sob o aspecto crítico, 25,6% dos entrevistados avaliam o exame como "inapto" ou "pouco apto" (5,2% e 20,4% respectivamente).

Detalhe interessante é que está na Região Sul o maior índice (8,2%) de respostas reprovatórias: "o Exame de Ordem é um instrumento inapto". Ao mesmo tempo, na Região Norte, nenhum dos entrevistados considerou que o exame seja inapto aos objetivos propostos pela OAB.

Separando os advogados por grupos, de acordo com área de trabalho, os docentes são os que mais consideram o exame "apto" ou "muito apto" (76%) seguido por sócios de escritórios de Advocacia. A seu turno, os advogados que são empregados em escritórios formam o grupo que pior avalia o exame: 32,7% o consideram "inapto" ou "pouco apto".

Os advogados também foram questionados, em pergunta fechada, sobre quais as prováveis causas dos baixos índices (24% no último exame e 15% no penúltimo).  As principais causas apontadas foram:

1. A massificação do ensino do Direito, lembrada pro 71% dos entrevistados;

2. A má qualidade do ensino em função de professores despreparados (37,3%); e

3; A má qualidade do ensino em função da falta de estrutura (36,1%).

Causas menos apontadas foram a unificação nacional da prova (1,2%), a incompatibilidade com as diretrizes curriculares dos cursos (6,1%) e o elevado nível de exigência da prova (6,8%).

Acesse aqui a pesquisa na íntegra.

 

A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma instituição sem fins lucrativos criada em 1995 pelos docentes da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (FEA-RP/USP) para facilitar o processo de integração entre universidade e comunidade.

Fonte: www.espacovital.com.br
 

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