Acordo pré-nupcial evita conflitos e prevê até multa em caso de traição

Acordo pré-nupcial evita conflitos e prevê até multa em caso de traição

Termos podem evitar problemas em caso de divórcio ou falecimento de um dos cônjuges

Por Liana Feitosa | 06/02/2022 11:45 - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

A escolha do regime de bens para noivos que vão iniciar uma união parece muito simples, mas pode esconder diversos conflitos legais que podem surgir logo no início de um casamento. Para prevenir problemas, existe serviço de consultoria para ajudar casais com contratos pré-nupciais que regulam não só as finanças, mas até regras de convivência com parentes, mesada para o marido ou esposa, entre outros acordos.

“Tenho visto que esse é um assunto bastante negligenciado por novos casais, e essa atitude pode gerar muita dor de cabeça num futuro divórcio ou morte de um dos cônjuges, ainda mais hoje em dia que as pessoas se casam mais tarde, geralmente com carreira estabelecida, já com bens, às vezes empresa, casa no nome”, afirma a advogada Mayara Brasil.

A ideia é que casais possam ter consciência sobre como um regime de bens funciona na prática, quais são as opções que existem, além de saber quais são os direitos e obrigações que cada um oferece.

A especialista em Direito de família para mulheres, estudou o tema pensando no próprio futuro, quando seu atual namoro ficou sério, e agora trabalha com planejamento matrimonial, serviço de consultoria voltada não para só para a escolha de um regime de bens, mas também ao planejamento de acordos, regras e cláusulas contratuais pré-nupciais.

O que pode ser acordado - Não existe um limite sobre o que pode ser incluído em um acordo antenupcial. Segundo a advogada, se a lei permite, então pode fazer parte do acordo. Pensando nisso e considerando o regime de casamento que é “padrão” no Brasil - comunhão parcial de bens, o Campo Grande News listou algumas situações que podem gerar conflitos em caso de divórcio:

Datas comemorativas - Para evitar conflitos entre o casal e até mesmo entre parentes de ambas as partes, há casais que decidem, antes do matrimônio, estipular como será a convivência familiar em datas comemorativas como Natal e Réveillon. “Existem casais que definem no acordo que os feriados serão alternados: o Natal de um ano será com a família da esposa e o Natal do ano seguinte será com a família do esposo. Pode parecer incomum, mas se esse for motivo de conflito entre o casal, regular o assunto antes do matrimônio pode evitar chateações e brigas”, detalha Mayara.

Financiamento - Antes de casar-se você fez o financiamento de um apartamento. Em caso de divórcio, você terá que partilhar o imóvel com seu ex. “Mesmo que as parcelas tenham sido pagas por você e o financiamento esteja em seu nome, em um casamento em comunhão parcial de bens ou em uma união estável, fica determinado que todas as parcelas pagas após o casamento deverão ser partilhadas entre o casal. Para evitar que isso aconteça, é preciso registrar a incomunicabilidade ou registrar o desejo de que essa divisão não aconteça”, explica a advogada.

Empresa no nome de um dos dois - Você tem uma empresa que nasceu antes do matrimônio, mas somente após o casamento ela cresceu e ficou robusta. Em caso de divórcio, seu ex pode entender que sua empresa cresceu graças à contribuição dele. Nesse instrumento anterior ao casamento é possível estabelecer quem fica com o quê, ou quem não fica com nada, em caso de separação.

No caso de filhos - Há casais que optam por registrar acordo sobre como ficará a independência financeira da mulher quando o casal tiver filhos. “Existem casos em que o casal inclui a garantia de que, para priorizar a maternidade, a esposa deixará de trabalhar por um tempo após o nascimento dos filhos e o cônjuge irá pagar o INSS dessa mulher, ou se responsabilizará por algumas demandas financeiras, ou até mesmo arcar com uma espécie de mesada para ela, garantindo a essa mulher uma autonomia financeira”, finaliza a advogada.

Fonte: Campo Grande News

Notícias

Compreensão do processo

  Relações de trabalho exigem cuidado com contrato Por Rafael Cenamo Juqueira     O mercado de trabalho passou por determinadas alterações conceituais nos últimos anos, as quais exigiram do trabalhador uma grande mudança de pensamento e comportamento, notadamente quanto ao modo de...

Portal da Transparência

CNJ lança Portal da Transparência do Judiciário na internet Quinta, 20 de Janeiro de 2011     Informações sobre receitas e despesas do Poder Judiciário federal estão disponíveis no Portal da Transparência da Justiça (https://www.portaltransparencia.jus.br/despesas/), criado pelo Conselho...

Dentista reclama direito a aposentadoria especial

Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 Cirurgião dentista que atua no serviço público de MG reclama direito a aposentadoria especial Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Reclamação (Rcl 11156) proposta pelo cirurgião dentista Evandro Brasil que solicita o direito de obter sua aposentadoria...

OAB ingressará com Adins no STF contra ex-governadores

OAB irá ao Supremo propor cassação de pensões para os ex-governadores Brasília, 17/01/2011 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (17) que a OAB ingressará com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal contra todos...

Desmuniciamento de arma não conduz à atipicidade da conduta

Extraído de Direito Vivo Porte de arma de fogo é crime de perigo abstrato 14/1/2011 16:46   O desmuniciamento da arma não conduz à atipicidade da conduta, bastando, para a caracterização do delito, o porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar....

Prática de racismo no ambiente de trabalho

Extraído de JusBrasil Apelidos racistas no ambiente de trabalho geram danos morais Extraído de: Direito Vivo - 38 minutos atrás   Na Justiça do Trabalho de Minas ainda é grande a incidência de processos que denunciam a prática de racismo no ambiente de trabalho. Mas a sociedade moderna e as...