Avança projeto que proíbe algema durante o parto

11/12/2012 - 12h40 Comissões - Direitos Humanos - Atualizado em 11/12/2012 - 13h03

Passa na CDH projeto que proíbe uso de algemas em presas durante o parto

Iara Farias Borges

Será proibido o uso de algemas em presidiárias durante o trabalho de parto. É o que determina projeto de lei aprovado nesta terça-feira (11) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A proposta é de autoria da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e, agora, segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na qual receberá decisão terminativa.

Também de acordo com o projeto de lei do Senado (PLS 75/2012), o Poder Público deverá prestar assistência integral à presa gestante e ao seu bebê. Ao justificar a proposta, a autora ressaltou que as presas precisam ter garantido tratamento humanitário, sem constrangimentos ou violência. A senadora observou ainda que o Estado já tem a obrigação legal de garantir às gestantes presas acompanhamento médico, no entanto, ela considera serem necessárias mais ações para efetivamente garantir o direito à saúde das presidiárias e seus filhos.

A relatora da matéria, senadora Ângela Portela (PT-RR), disse concordar que manter algemadas mulheres em trabalho de parto configura desrespeito ao direito da criança à dignidade e à liberdade e o coloca em situação de negligência, discriminação e violência.

- O uso de algemas em mulheres durante o parto despeja sobre o bebê recém-nascido todo o estigma da prisão e da desumanidade imposta por essa situação – afirmou a senadora Ângela Portela.

Na avaliação da relatora, a mulher em trabalho de parto não oferece risco, mesmo que se trate de pessoa perigosa. Portanto, ressaltou, não justifica o uso de algemas nessa situação.

- Infelizmente esse tipo de atitude abominável ainda existe. Um desrespeitoso com a mulher no momento mais sublime de sua vida. A gestante deve ter sua dignidade preservada, mesmo nos presídios, disse Ângela Portela.

 

Agência Senado

 

Notícias

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio Alessandro Junqueira de Souza Peixoto A decisão do STJ muda o jogo: Agora, imóveis financiados também podem ser penhorados para pagar dívidas de condomínio. Entenda o que isso significa para síndicos e...

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...