Debate sobre parlamentarismo chega à Comissão de Constituição e Justiça

Debate sobre parlamentarismo chega à Comissão de Constituição e Justiça

 

Simone Franco | 03/03/2016, 12h45 - ATUALIZADO EM 03/03/2016, 13h12

O debate sobre parlamentarismo já chegou à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Na quarta-feira (2), o tema foi trazido à discussão pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) em meio à votação de projetos.

O ponto de partida do debate foi requerimento do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), apoiado por mais de 40 senadores, pedindo a criação de comissão especial para elaborar proposta de adoção de sistema parlamentarista de governo no país.

Pelo requerimento, essa comissão especial irá contar com 14 membros titulares e igual número de suplentes. E deve contemplar todos os partidos com representação no Senado, conforme informou Valadares. Outra providência solicitada foi o envio de todas as propostas em tramitação que mudam o atual sistema de governo à comissão especial, já aprovada pela Casa.

Aloysio levou a questão à CCJ para se manifestar contra a criação de uma comissão especial para discutir o parlamentarismo.

— Me coloco contra a iniciativa porque tenho criticado esse tipo de comissão (especial), que desprestigia a comissão permanente. As PECs [propostas de emenda à Constituição] que tratam do parlamentarismo têm que vir necessariamente à CCJ — declarou o senador por São Paulo.

Em vez de uma comissão especial, Aloysio sugeriu a criação de uma subcomissão para analisar o assunto dentro da CCJ. Os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) endossaram essa recomendação.

Apesar desse apelo, Valadares manteve sua posição a favor da análise do parlamentarismo por comissão especial.

— Uma comissão especial será mais objetiva por tratar exclusivamente desse assunto — considerou o líder do PSB, observando, entretanto, que qualquer senador pode apresentar requerimento em Plenário para que a decisão da comissão especial também seja analisada pela CCJ.

Em meio à crise política e institucional do país, o presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), receia que o parlamentarismo não seja uma saída de governo adequada para o momento.

— Poderia ser para o futuro. Já criamos um parlamentarismo de circunstância artificialmente [durante o governo João Goulart], na ânsia de resolver uma crise política, e serviu apenas para desmoralizar esse sistema de governo — ponderou Maranhão.

Agência Senado

 

Notícias

Partilha após o divórcio: STJ decide que não há prescrição

Partilha após o divórcio: STJ decide que não há prescrição Alessandro Junqueira de Souza Peixoto Mesmo anos após o divórcio, você ainda tem direito ao que é seu. O STJ decidiu que bens não partilhados podem ser divididos a qualquer momento. Justiça nunca chega tarde. terça-feira, 10 de junho de...

Divórcio potestativo sob a perspectiva jurisprudencial

Com Partilha Divórcio potestativo sob a perspectiva jurisprudencial Marília Mello de Lima 9 de outubro de 2025, 8h00 Há julgados recentes, inclusive do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que o divórcio pode ser decretado antes mesmo da citação da parte requerida. Leia em Consultor...

Doação verbal exige escritura pública para validade do ato, diz TJ-BA

Usucapião afastado Doação verbal exige escritura pública para validade do ato, diz TJ-BA 8 de outubro de 2025, 12h19 O julgador explicou que a ocupação do imóvel — ainda que por um longo período de tempo — ocorreu por mera liberalidade da proprietária. Leia em Consultor...

STJ valida filiação socioafetiva post mortem sem manifestação expressa

Família STJ valida filiação socioafetiva post mortem sem manifestação expressa 3ª turma reconheceu vínculo de filha criada desde a infância, ainda que falecidos não tenham formalizado adoção. Da Redação terça-feira, 7 de outubro de 2025 Atualizado às 18:55 Por unanimidade, 3ª turma do STJ...