Medicamento para combate ao câncer pode levar à cura do Alzheimer

Medicamento para combate ao câncer pode levar à cura do Alzheimer

27/05/2013 - 6h36
Internacional
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Quatro equipes de cientistas independentes concluíram que um medicamento usado normalmente no combate ao câncer pode levar à redução da placa amilóide no cérebro e contribuir para a cura do mal de Alzheimer. Os testes foram feitos em ratos e obtiveram sucesso. A pesquisa foi publicada  na revista norte-americana Science. Porém, cientistas advertem que é necessário ter cautela sobre os efeitos do tratamento.

O estudo mostra que ratos tratados com bexaroteno demonstravam mais rapidez e inteligência e que a placa no cérebro, que causava o Alzheimer, começava a desaparecer em horas. "Queríamos repetir o estudo para verificar o que pode ser analisado e conseguimos fazê-lo", disse o professor de neurologia da  Universidade da Flórida, David Borchelt. “Mas é preciso ter certa cautela sobre o futuro no que se refere aos pacientes”, alertou.

Os cientistas observaram que o medicamento funcionava incrementando os níveis da proteína apolipoproteína E (ApoE), que ajuda a eliminar a acumulação da placa amilóide no cérebro, uma característica considerada chave do Alzheimer.

O principal autor do estudo, Gary Landreth, professor no Departamento de Neurociências da Case Western Reserve University School of Medicine, não escondeu a surpresa. “Ficamos surpresos e assombrados. Isso jamais havia sido visto antes”, ressaltou.

Os cientistas se dividiram em quatro grupos distintos para analisar os efeitos da aplicação do medicamento nos ratos. Um grupo notou avanços mentais nos animais. O mal de Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e incurável, que se manifesta geralmente com a perda da memória e de outras capacidades mentais, com o surgimento da demência até a morte.

De acordo com especialistas, a doença se desenvolve atacando as células nervosas (neuronas), que morrem, e as diferentes zonas do cérebro se atrofiam. A doença afeta 36 milhões de pessoas no mundo.

 

*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil
 

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