CNJ forma mediadores para implantar política nacional da conciliação

Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJ

CNJ forma mediadores para implantar política nacional da conciliação

06/05/2014 - 09h15

Saber explicar qual o escopo da mediação e quais agentes participam do processo de conciliação são alguns dos conteúdos que os alunos do Curso Presencial de Formação de Instrutores em Mediação deverão saber ministrar a futuros conciliadores ao final da capacitação promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) esta semana, em Brasília/DF. É a 15ª edição do curso, que vai transformar cerca de 30 mediadores de vários tribunais do País em instrutores.

Mediadora voluntária no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a juíza aposentada Wilde Maria Silva Justiniano acredita que a implantação da Política Judiciária Nacional de Tratamentos de Conflitos e, consequentemente, o processo de multiplicação de instrutores na solução consensual de conflitos ganharão força à medida que receberem a chancela do Poder Legislativo e o status de legislação.  

“Há expectativa de o CNJ formar grande número de instrutores para multiplicar o número de mediadores, porque está em discussão (no Parlamento) o Projeto de Lei da Mediação, além de constar no Código de Processo Civil a mediação como forma de resolução de conflitos. A gente já sabia que isso aconteceria, mas agora sabemos que acontecerá muito rápido. Estamos correndo contra o tempo”, afirmou.

Intercâmbio – Indicado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMECs) do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), o mediador Ricardo Dias destacou o intercâmbio de experiências com alunos de outros estados. “É sempre um aprendizado tratar sobre a realidade da autocomposição. Independentemente de rever alguma informação que já tenha visto, sempre aprendo algo novo, principalmente pela diversificação dos estados de origem dos demais alunos”, afirmou o mediador sergipano.

Organizado pelo Comitê Gestor do Movimento Permanente pela Conciliação do CNJ, sob coordenação do conselheiro Emmanoel Campelo, o curso é gratuito. Os Tribunais de Justiça, no entanto, deverão manter o servidor em função que o permita multiplicar o conhecimento. Até a próxima sexta-feira (9/5), os alunos cumprirão carga horária de 40 horas na Escola de Magistratura Federal da 1ª Região. Será cobrada frequência mínima de 95% e os novos instrutores terão de lecionar uma aula na sexta-feira (9/5) para avaliação do aprendizado.

 

Agência CNJ de Notícias
 

Notícias

Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico

Opinião Assinatura eletrônica e digital: entre prática judicial e debate acadêmico Cícero Alisson Bezerra Barros 2 de outubro de 2025, 18h25 A confusão entre os termos reside justamente no fato de a assinatura digital ser uma modalidade específica de assinatura eletrônica, mas dotada de requisitos...

A possibilidade da usucapião de bem imóvel ocupado por um único herdeiro

A possibilidade da usucapião de bem imóvel ocupado por um único herdeiro Victor Frassetto Giolo Decisões recentes do STJ trazem clareza à possibilidade de usucapião em herança e evidenciam os impactos da posse exclusiva na partilha familiar. terça-feira, 30 de setembro de 2025 Atualizado às...

Juiz faz audiência na rua para atender homem em situação vulnerável

Proteção social Juiz faz audiência na rua para atender homem em situação vulnerável Acordo homologado garantiu ao trabalhador o recebimento do BPC. Da Redação sexta-feira, 12 de setembro de 2025 Atualizado às 13:05 Uma audiência fora do comum marcou esta semana em Maceió/AL. O juiz Federal Antônio...

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório Pedro Henrique Paffili Izá O STJ reafirma que renúncia ou aceitação de herança é irrevogável, protegendo segurança jurídica e limites da sobrepartilha. quinta-feira, 25 de setembro de 2025 Atualizado às 07:38 No recente julgamento do REsp...