Comissão decide aguardar decisão do STF sobre royalties para votar MP

23/04/2013 - 17h50 Comissões - MP 592 - Atualizado em 23/04/2013 - 18h01

Comissão decide aguardar decisão do STF sobre royalties para votar MP

Da Redação

A comissão mista que analisa a medida provisória que destina recursos do petróleo à Educação (MP 592/2012) não vai votar a proposta até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronuncie sobre a constitucionalidade da lei que redistribui esses recursos entre todos os estados e municípios (Lei 12.734/2012).

A sugestão, dada pelo senador José Pimentel (PT-CE), foi aceita pela maioria dos parlamentares do colegiado. O adiamento da votação já tinha sido acordado pelos líderes partidários, segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). O objetivo, de acordo com ele, é evitar insegurança jurídica sobre a questão.

- Como foi um fato inusitado nessa comissão, nós vamos esperar caducar, passar o prazo do 12 de maio, para que a presidente da República reedite uma nova medida provisória e esperamos que o Supremo Tribunal Federal possa se posicionar rapidamente - afirmou Vital.

Oportunidade

O relator da proposta, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), afirmou que foram tomadas todas as precauções para que a medida provisória não fosse afetada por uma decisão do Supremo. Em seu parecer, ele tratou só da destinação dos recursos para a Educação e não mexeu na divisão das riquezas. Zarattini lamentou a decisão de não votar a matéria.

- Nós tínhamos a oportunidade de destinar um grande volume de recursos para a educação. Nós estávamos falando, neste ano, de R$ 13 bilhões a mais para a educação, distribuídos entre estados, municípios e a União; sem falar da garantia de recursos para ciência e tecnologia, que é fundamental para o desenvolvimento do país -afirmou.

Para Zarattini, aguardar uma decisão do STF “é jogar a bola para o outro time”, quando o Congresso tem “todas as condições de decidir".

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) também lamentou a decisão.

- Cada dia, esse Congresso está se apequenando e a causa de tudo isso, nós temos que reconhecer, é dos parlamentares que cada vez mais defendem a tese de diminuir nosso poder e nossa capacidade de deliberar sobre matérias que são nossas, transferindo para outros poderes a solução do fato - disse.

Caiado afirmou ainda que, em 18 anos de Casa, nunca presenciou “uma situação tão triste e deprimente quanto essa”.

A medida provisória que destina recursos do petróleo à educação perde a validade no dia 12 de maio. A presidente da República só deve editar outra medida provisória sobre o assunto depois de uma decisão final do Supremo.

 

Da Agência Câmara

Extraído de Agência Senado

 

Notícias

Bem de família pode ser tomado pelo banco?

Bem de família pode ser tomado pelo banco? Kelton Aguiar Descubra se o banco pode tomar seu bem de família e como se proteger com ajuda de um advogado especialista. segunda-feira, 25 de agosto de 2025  Atualizado às 11:19 Dívida com mais de 8 anos pode estar prescrita? Descubra se o banco...

Usufruto parental: proteção do patrimônio dos filhos

Com Partilha Usufruto parental: proteção do patrimônio dos filhos Bruno Araujo França 21 de agosto de 2025, 8h00 Apesar de não ser a regra, há situações em que, ao atingir a maioridade, o herdeiro descobre que seu patrimônio foi totalmente consumido, sem qualquer justificativa. Prossiga em...