Conciliar é fundamental

Conciliar é fundamental para reduzir gargalos na justiça

29/08/2011 - 15h14

O estímulo à conciliação é fundamental para a pacificação de conflitos e conseqüente redução do alto grau de litigiosidade e de congestionamento do Poder Judiciário. A afirmação foi feita pelo conselheiro Fernando da Costa Tourinho Neto, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao presidir o painel intitulado “Excesso de Litigiosidade no Brasil: Panorama, razões e possíveis soluções à luz dos dados do Justiça em Números”, durante o Seminário Justiça em Números, realizado pelo CNJ nesta segunda-feira (29/8), quando foram apresentados os dados estatísticos do Poder Judiciário relativos ao ano de 2010.

“A conciliação é legal, podendo ser uma solução diante do alto grau de litigiosidade e congestionamento do nosso Poder Judiciário. Ela é fundamental, mesmo que seja muito difícil se chegar a um acordo de conciliação”, disse o conselheiro Tourinho Neto.

O painel contou com a exposição do professor Joaquim Falcão, ex-conselheiro do CNJ e diretor da FGV Direito Rio, e com a participação, como debatedor, do juiz de Direito do Rio Grande do Sul Carlos Eduardo Richinitti. Ambos buscaram interpretar os números divulgados pelo CNJ, que apontam para o ingresso, na Justiça Estadual, em 2010, de 17,7 milhões de processos, sendo o grupo dos maiores tribunais, formado por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, responsável por 62% dos casos novos.

Além da alta litigiosidade, o Justiça em Números revelou que de cada grupo de 100 processos em tramitação no ano passado, 70 chegaram ao final do ano sem solução. Essa taxa de congestionamento é três pontos percentuais acima da verificada em 2009.

O ex-conselheiro Joaquim Falcão afirmou que os dados do Justiça em Números são um demonstrativo dos sintomas do Judiciário brasileiro, que servirão de base de discussões voltadas à remoção dos gargalos que dificultam a execução de uma prestação jurisdicional mais célere e de qualidade. Para o juiz Carlos Eduardo Richinitti, os dados do Justiça em Números “devem basear nossas discussões e esforços para evitar que haja um colapso no Judiciário brasileiro”.


Jorge Vasconcellos
Foto/Fonte: Agência CNJ de Notícias


 

Notícias

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens Autora argumentou que bem foi comprado com recursos próprios 23/05/2025 - Atualizado em 23/05/2025 Origem da Imagem/Fonte: TJMG Justiça entendeu que não há provas no processo de que o bem foi adquirido com recursos...

STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança

Sucessão STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança Colegiado entendeu que renúncia à herança é ato irrevogável, impedindo participação em sobrepartilha. Da Redação terça-feira, 13 de maio de 2025 Atualizado às 18:24 Por unanimidade, a 3ª turma do STJ decidiu que a...

Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico

Vínculo afetivo Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico O juiz autorizou a expedição de mandado ao cartório de registro civil para averbação da sentença. Da Redação quarta-feira, 14 de maio de 2025 Atualizado às 12:05 A vara de Família e Sucessões de Varginha/MG reconheceu, por...

Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio

SÓ QUANDO CONVÉM Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio 8 de maio de 2025, 11h57 Tal conduta caracteriza a chamada ‘nulidade de algibeira’. Em síntese, a nulidade de algibeira consiste na estratégia de não alegar a nulidade no momento em que ela ocorre, utilizando-a...

Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ

Opinião Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ Caroline Valéria Adorno de Macêdo 5 de maio de 2025, 6h32 A jurisprudência do STJ tem reiterado que tais exceções devem ser interpretadas restritivamente, em respeito à função social da moradia e à dignidade da pessoa...