Especialistas em mobilidade urbana criticam o modelo “segregador” do transporte público

Origem da Imagem/Fonte: Agência Câmara Notícias

19/09/2017 - 23h11

Modelo brasileiro de transporte público é criticado em audiência

Especialistas em mobilidade urbana criticaram o modelo “segregador” do transporte público nas cidades brasileiras. O tema foi discutido na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (19), em audiência da Comissão de Legislação Participativa.

 
Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o transporte como Direito Social. Dep. Luiza Erundina (PSOL - SP)
Erundina: sistema de mobilidade ainda é muito centrado no automóvel

A urbanista Erminia Maricato salientou a exclusão social e racial do espaço urbano. “A população pobre, especialmente negra, mora compulsoriamente em áreas ilegais, de difícil acesso”, disse.

Leticia Bortolon, representante do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, acrescentou outro tipo de segregação promovido pelo sistema atual de locomoção: a discriminação de gênero. Segundo ela, 86% das mulheres relatam já terem sido assediadas no transporte público. O medo maior desse segmento da população é o estupro. “As paradas de ônibus, em geral, ficam em locais ermos, o que as torna lugares de muita vulnerabilidade para as mulheres”, explicou.

A deputada Luiza Erundina (Psol-SP) lembrou que a discussão também passa pela mudança do sistema de mobilidade brasileiro, que ainda é centrado no automóvel. “Trata-se de uma mentalidade e uma visão política distorcidas.”

No final do debate, Erundina propôs duas estratégias para acelerar a regulamentação da Emenda Constitucional 90, que inclui o transporte como direito social: formar uma frente parlamentar com participação popular para tratar do assunto; e fazer uma articulação com a Frente Nacional de Prefeitos.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Marcelo Oliveira
Agência Câmara Notícias
 

 

Notícias

Herança digital e o testamento como aliado

Herança digital e o testamento como aliado Thauane Prieto Rocha A herança digital ganha destaque como parte essencial do testamento, permitindo que o testador decida sobre bens e memórias digitais após a morte. sexta-feira, 25 de abril de 2025 Atualizado em 28 de abril de 2025 08:08 Ao realizar uma...

Análise crítica de estratégias de planejamento sucessório

Análise crítica de estratégias de planejamento sucessório Gabriel Vaccari Holding/Sucessão: Cuidado online! Artigo expõe riscos de soluções fáceis (procuração, S.A., 3 células). Evite armadilhas fiscais/legais. Leitura essencial para famílias e advogados. sexta-feira, 25 de abril de 2025 Atualizado...

Bens trazidos à colação não respondem pelas dívidas do falecido

Processo Familiar Bens trazidos à colação não respondem pelas dívidas do falecido Mário Luiz Delgado 20 de abril de 2025, 8h00 Os bens recebidos em antecipação da herança necessária (legítima), nos moldes do artigo 544 do CC [6], quando “conferidos” pelo herdeiro após a abertura da sucessão, NÃO...

10 informações jurídicas essenciais acerca do inventário

10 informações jurídicas essenciais acerca do inventário Amanda Fonseca Perrut No presente artigo, abordamos pontos cruciais sobre inventário, como prazo, multas e recolhimento de tributos, dentre outros. segunda-feira, 21 de abril de 2025 Atualizado em 17 de abril de 2025 14:23 De modo a auxiliar...

Partilha testamentária como meio eficaz de planejamento sucessório

Partilha testamentária como meio eficaz de planejamento sucessório Amanda Fonseca Perrut A indicação de bens específicos pelo testador a determinado herdeiro é possível e evita eventuais disputas sucessórias. quinta-feira, 17 de abril de 2025 Atualizado às 09:11 É juridicamente possível atribuir...