Magistrados aprovam medidas para valorizar o Judiciário

Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

Magistrados do Sudeste aprovam medidas para valorizar o Judiciário

13/08/2012 - 07h20

Magistrados dos tribunais da região Sudeste, reunidos nesta sexta-feira (10/8), em Belo Horizonte/MG, aprovaram várias propostas de ação para valorizar e melhorar a imagem do Poder Judiciário. Eles participaram do lançamento do Programa Valorização – juiz valorizado, justiça completa, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

As propostas de todos os tribunais voltarão ao debate em outubro, em uma reunião em Brasília. O Conselheiro José Lúcio Munhoz, presidente da Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do CNJ, destacou que os magistrados brasileiros estão sobrecarregados de trabalho e precisam ser tratados com respeito assim como todos os outros profissionais.

Outros três encontros – no Norte, Nordeste e Centro-Oeste – serão realizados antes do encontro nacional. O primeiro foi em Florianópolis/SC e reuniu os representantes dos tribunais da região Sul.

Sugestões – Os magistrados propuseram a fixação de número mínimo de servidores para auxiliar os juízes de primeiro grau, a valorização desses servidores, inclusive com distribuição de cargos comissionados na primeira instância. Hoje, os juízes contam com dois a quatro servidores, no máximo. Além disso, somente os tribunais têm cargos comissionados. Com isso, os servidores almejam sempre o trabalho no segundo grau.

Outra reivindicação é a criação de equipes de apoio aos juízes para a fiscalização extrajudicial. Os juízes são obrigados a visitar presídios e centros de reeducação de adolescentes, por exemplo, mas não contam com qualquer estrutura de apoio.

Qualidade – Eles querem alterar os critérios que aferem produtividade: qualidade e eficiência deveriam ter mais peso que a quantidade de processos julgados. Para os magistrados, o sistema atual supervaloriza a quantidade em detrimento da qualidade. O Conselheiro Munhoz explicou, porém, que o sistema de metas quantitativas foi aprovado pelos presidentes dos tribunais, e não pelo CNJ.

Os magistrados pretendem também atuar como agentes de transformação social, interagindo com a sociedade para a implantação de políticas públicas, e defenderam ainda a implantação de um plano estratégico de comunicação que valorize e mostre à sociedade o trabalho do Judiciário. 


Gilson Luiz Euzébio
Agência CNJ de Notícias

 

Notícias

Conheça o Imposto Seletivo previsto na reforma tributária

Conheça o Imposto Seletivo previsto na reforma tributária 26/04/2024 - 18:32 Será apurado mensalmente e incidirá uma única vez sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Confira em Agência Câmara de Notícias

Lacunas e desafios jurídicos da herança digital

OPINIÃO Lacunas e desafios jurídicos da herança digital Sandro Schulze 23 de abril de 2024, 21h41 A transferência de milhas aéreas após a morte do titular também é uma questão complexa. Alguns programas de milhagens já estabelecem, desde logo, a extinção da conta após o falecimento do titular, não...

TJMG. Jurisprudência. Divórcio. Comunhão universal. Prova.

TJMG. Jurisprudência. Divórcio. Comunhão universal. Prova. APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DIVÓRCIO - COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS - PARTILHA - VEÍCULO - USUCAPIÃO FAMILIAR - ÔNUS DA PROVA - O casamento pelo regime da comunhão universal de bens importa na comunicação de todos os bens presentes e futuros...