Participação política diminui evasão fiscal

19/04/2012 - 16h33 Especial - Atualizado em 19/04/2012 - 16h33

Participação política diminui evasão fiscal, diz estudioso do Banco Mundial

Ricardo Koiti Koshimizu

Segundo Tiago Peixoto, especialista em Governo Aberto do Banco Mundial, os países onde há maior participação política dos cidadãos tendem a registrar menor evasão fiscal. Ele argumenta que os cidadãos, ao constatar possibilidades reais de participação, ficam mais predispostos a contribuir com o fisco.

– Isso acontece quando eles percebem que há processos democráticos mais legítimos – afirmou Peixoto nesta quinta-feira (19), durante audiência pública realizada pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

Peixoto lembrou que a relação entre maior participação e menor evasão fiscal foi apontada inicialmente em um estudo feito na Suíça e, posteriormente, em pesquisas realizadas em outros países.

Na audiência – cujo tema foi “Parlamento Aberto: Transparência e Controle Social para um Congresso mais Colaborativo” – também se discutiu a importância da tecnologia para ampliar tanto os canais de participação política como a divulgação de dados e informações.

– Quanto mais dados os Parlamentos oferecerem, menores serão as oportunidades para a corrupção – exemplificou Alex Howard, do O’Reilly Media.

Apesar de ressaltar a importância da transparência e das novas tecnologias que a potencializam – ele citou o uso dos celulares e da internet, além das chamadas redes sociais –, Alex Howard destacou que “a transparência não é suficiente, pois é preciso garantir que todos, inclusive a população mais pobre, tenham acesso a tais tecnologias”.

Já Felipe Estefan, do Banco Mundial, assinalou que não basta “abrir portas” para que a população tenha acesso a informações e haja participação política; segundo ele, é preciso ensinar as pessoas a entender, por exemplo, como os parlamentos trabalham. Ele citou o caso de seu país, a Colômbia, onde “a população pouco sabe sobre o que se passa no Congresso”.

– Há portas abertas, mas elas não estão sendo atravessadas – frisou.

XML

Representando a Organização das Nações Unidas (ONU), Gherardo Casini defendeu o uso da linguagem XML (Extensible Markup Language) e dos Open Documents. De acordo com Casini, esses instrumentos facilitam aos cidadãos o manuseio de dados governamentais, “viabilizando, por exemplo, uma maior quantidade de análises, feitas a partir desses dados, por parte de organizações da sociedade civil”. Ele também argumenta que o XML e os Open Documents tornariam os trabalhos parlamentares mais eficientes no que se refere ao uso de documentos.

A maior parte dos participantes dessa audiência pública – incluindo o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que conduziu a reunião – participou nos dias 17 e 18 da 1ª Cúpula Mundial do Governo Aberto, em Brasília. O evento contou com a participação de representantes de diversos países, como a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

 

Agência Senado

 

Notícias

Compreensão do processo

  Relações de trabalho exigem cuidado com contrato Por Rafael Cenamo Juqueira     O mercado de trabalho passou por determinadas alterações conceituais nos últimos anos, as quais exigiram do trabalhador uma grande mudança de pensamento e comportamento, notadamente quanto ao modo de...

Portal da Transparência

CNJ lança Portal da Transparência do Judiciário na internet Quinta, 20 de Janeiro de 2011     Informações sobre receitas e despesas do Poder Judiciário federal estão disponíveis no Portal da Transparência da Justiça (https://www.portaltransparencia.jus.br/despesas/), criado pelo Conselho...

Dentista reclama direito a aposentadoria especial

Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 Cirurgião dentista que atua no serviço público de MG reclama direito a aposentadoria especial Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Reclamação (Rcl 11156) proposta pelo cirurgião dentista Evandro Brasil que solicita o direito de obter sua aposentadoria...

OAB ingressará com Adins no STF contra ex-governadores

OAB irá ao Supremo propor cassação de pensões para os ex-governadores Brasília, 17/01/2011 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (17) que a OAB ingressará com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal contra todos...

Desmuniciamento de arma não conduz à atipicidade da conduta

Extraído de Direito Vivo Porte de arma de fogo é crime de perigo abstrato 14/1/2011 16:46   O desmuniciamento da arma não conduz à atipicidade da conduta, bastando, para a caracterização do delito, o porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar....

Prática de racismo no ambiente de trabalho

Extraído de JusBrasil Apelidos racistas no ambiente de trabalho geram danos morais Extraído de: Direito Vivo - 38 minutos atrás   Na Justiça do Trabalho de Minas ainda é grande a incidência de processos que denunciam a prática de racismo no ambiente de trabalho. Mas a sociedade moderna e as...