Proibir venda de celulares é mais eficaz do que multas, diz Anatel

05/09/2012 11:02

Proibição da venda de chips é mais eficaz do que multas, diz Anatel

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista de Rezende, afirmou há pouco que a proibição de vendas de chips é medida mais eficaz do que a aplicação de multas pelos problemas da qualidade do serviço de telefonia celular. “As empresas têm que resolver rapidamente os problemas com o celular de terceira geração, antes de começar a atuar na quarta geração”, disse, em audiência pública sobre a qualidade do sinal de telefonia móvel no País, promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

Entre julho e agosto, a Anatel proibiu TIM, Claro e Oi de vender chips em vários estados do País por 11 dias, por conta do aumento das reclamações quanto à qualidade do serviço prestado. Em cada estado, a empresa com maior índice de reclamações foi proibida de comercializar chips. A agência liberou as vendas após as empreses terem apresentado plano de melhoria da qualidade e terem se comprometido a investir R$ 20 bilhões até 2014.

A agência anunciou que vai acompanhar a cada três meses, município por município, a evolução dos indicadores de qualidade do serviço e do plano de investimentos. Rezende se propôs voltar à comissão após a primeira avaliação da Anatel sobre a medida, que será feita daqui a dois meses.

 

Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcelo Westphalem

Foto em destaque/Fonte: Agência Câmara de Notícias
 
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05/09/2012 11:59

Deputados afirmam que proibição de venda de chips foi “tardia”

 

Os deputados Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) e Vanderlei Macris (PSDB-SP) afirmaram há pouco que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atuou tardiamente ao proibir a venda de chips pelas operadoras de celular, já que os problemas na qualidade do serviço são antigos. Eles participaram de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. A reunião já foi encerrada.

Entre julho e agosto deste ano, a Anatel proibiu TIM, Claro e Oi de vender chips em vários estados do País por 11 dias. A agência liberou as vendas dos chips após as empreses terem apresentado plano de melhoria da qualidade e terem se comprometido a investir R$ 20 bilhões até 2014.

Marchezan Júnior e Vanderlei Macris questionaram como será feita essa fiscalização pela agência da evolução da qualidade do serviço de telefonia celular. Segundo o presidente da Anatel, João Batista de Rezende, o órgão deverá começar em breve a fazer a fiscalização on-line dos serviços, o que significará “avanço grande”.

Já o presidente da comissão e relator da subcomissão, deputado Edmar Arruda (PSC-PR), criticou a retomada rápida da venda de chips. “A proibição deveria ficar pelo menos seis meses”, opinou. “Se as operadoras têm dinheiro para fazer propaganda, têm dinheiro para melhorar o serviço”, completou.

Multas
Marchezan lembrou que as empresas de telefonia celular aparecem no topo da lista de reclamações nos Procons de todo o País há vários anos. O deputado afirmou que as multas da Anatel têm sido ineficazes, destacando que menos de 15% das multas aplicadas pela agência reguladora foram de fato recolhidas pelas operadoras.

Já Macris questionou a ausência de penalidades com valor alto aplicadas pela Anatel, já que o órgão pode, pela legislação, aplicar multas de até R$ 50 milhões. O presidente da Anatel afirmou que a agência tem aplicado multas, mas que o processo administrativo é lento, destacando que as empresas podem recorrer, inclusive judicialmente.

Para o deputado Vaz Lima (PSDB-SP), “a agência não cumpre o que é básico em seu papel: olhar a telefonia sob a ótica do consumidor”.

 

Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcelo Westphalem

Agência Câmara de Notícias
 


 

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