Regulamentar profissão de aeronauta pode aumentar segurança de voos

Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

05/11/2015 - 19h09Atualizado em 06/11/2015 - 11h09

Regulamentar profissão de aeronauta pode aumentar segurança de voos

Governo, empresas aéreas e aeronautas tentam conciliar redução de incidentes com produtividade.

Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados
Audiência pública para discutir o Projeto de Lei Nº 8.255/2014, que
Dep. Benjamin Maranhão: é preciso garantir segurança e empregos do setor

A Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública para discutir o projeto de lei 8255/14, já aprovado pelo Senado, que regulamenta a profissão de tripulante de aeronave ou aeronauta - o que inclui pilotos, copilotos, comissários e mecânicos de voo.

A proposta vai atualizar a Lei 7.183/84, que já tem mais de 30 anos e é considerada defasada. O relator da proposta na comissão, deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), deve apresentar seu parecer no dia 18 de novembro para que o projeto seja votado até o fim do ano.

Participaram da audiência: representantes dos aeronautas, das empresas de aviação comercial, de táxi-aéreo, de pulverização agrícola, além de representantes da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

Redução de riscos
De acordo com os presentes à reunião, o principal objetivo do governo, das empresas e dos aeronautas é garantir segurança nos voos, sem reduzir produtividade. Segundo estatísticas da Agência de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos, a fadiga humana contribui para aproximadamente 20% dos incidentes e acidentes aéreos.

“É preciso garantir a segurança dos voos, mas também os empregos do setor. Esse tema é essencial para o país”, disse Benjamin Maranhão.

A proposta obriga as empresas a planejarem as escalas de voos dos tripulantes com base em Programa de Gerenciamento de Risco da Fadiga, de acordo com padronização internacional.

O programa será fiscalizado pela Anac e vai ser usado para permitir ou não a flexibilização de escalas de serviço, duração de jornadas de trabalho e até folgas, que estão definidas no projeto mas que podem ser alteradas, dentro de certos limites, mediante acordos entre as categorias envolvidas e as empresas (veja quadro).

O projeto em análise pela comissão é um substitutivo da deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), aprovado pela Comissão de Viação e Transportes.

 

Reportagem - Antonio Vital
Edição - Mônica Thaty
Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato

Sob medida Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato Danilo Vital 16 de julho de 2025, 8h49 A magistrada destacou que o contrato de compra e venda previu a retenção da taxa porque os materiais selecionados para personalizar a unidade têm natureza personalíssima e,...

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves Origem da Imagem/Fonte: Extraída de Colégio Notarial do Brasil São Paulo Recente decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou uma diretriz fundamental no ordenamento jurídico brasileiro: a proteção...

A proteção ao bem de família não é absoluta

A proteção ao bem de família não é absoluta Thallyta de Moura Lopes STJ fixa teses que restringem a penhora do bem de família em hipóteses de hipoteca, exigindo demonstração de benefício direto à entidade familiar. quarta-feira, 9 de julho de 2025 - Atualizado em 8 de julho de 2025 15:00 "Para...

Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG

Causa reconhecida Pagamento espontâneo após citação valida execução, diz TJ-MG 8 de julho de 2025, 9h56 Conforme se verifica dos autos de origem, o agravante não arguiu, em nenhum momento, qualquer nulidade da execução promovida pelo condomínio agravado. Confira em Consultor Jurídico    ...