Relatório Justiça em Números divulgará tempo de duração de processos

Foto: Justiça em Números

Relatório Justiça em Números divulgará tempo de duração de processos

28/04/2015 - 15h52 

O relatório Justiça em Números, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anualmente desde 2004, passou por ampla reformulação e divulgará o tempo médio de tramitação dos processos, entre outras novidades. Conduzida pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, a revisão foi apresentada ao plenário na sessão desta terça-feira (28/4). Os novos indicadores passarão a ser publicados em 2016, com base nos dados coletados em 2015.

Outros destaques são a criação de indicadores sobre conciliação e da taxa de congestionamento líquida. Essa taxa exclui do estoque de cada tribunal os processos suspensos em razão de repercussão geral e de recursos repetitivos, que também passarão a ter indicadores próprios. “Com as alterações legais recentes, o encerramento desses processos passou a depender exclusivamente de decisões do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça”, explica a presidente da Comissão de Gestão Estratégica, conselheira Maria Cristina Peduzzi.

Iniciada há mais de dois anos, a reformulação do Justiça em Números contou com ampla participação de tribunais, resultando em 95 inclusões, 18 exclusões e 96 alterações de variáveis e indicadores. Depois de 10 anos de experiência na sistematização de dados, a ideia era eliminar itens pouco relevantes e refinar dados. A partir de agora, por exemplo, o relatório dividirá os processos do segundo grau entre originários e recursais, evitando dupla contagem com os de primeiro grau.

Outro objetivo da revisão foi atender às políticas nacionais do CNJ - a conciliação é tratada na Meta 3/2015 e na Resolução 125/2010, enquanto a priorização de processos coletivos, dos maiores litigantes e dos recursos repetitivos constam das metas 6 e 7 de 2015, além da Resolução 160/2012. Inspirado nas políticas de atenção ao primeiro grau (resoluções 194 e 195 de 2014), o Justiça em Números também vai publicar indicadores orçamentários e de gestão de pessoas divididos entre primeira e segunda instâncias.

Colaboração – Primeira iniciativa para acompanhar dados abrangentes do Judiciário, o Justiça em Números teve seu modelo atual definido na Resolução CNJ 76/2009. A revisão concluída agora começou a ser discutida no final de 2012, com o auxílio de um comitê formado por representantes dos diversos ramos de Justiça e a reunião de dúvidas em um acervo. Em março deste ano, consulta pública promovida pelo CNJ reuniu sugestões de 39 tribunais, várias delas contempladas na versão final do texto.

Relator do processo de revisão, o conselheiro Rubens Curado destaca, entre os principais avanços, a coleta e publicação de dados sobre a duração dos processos. “A inexistência de indicadores nacionais sobre o tempo médio de duração dos processos impossibilitava a mensuração do maior dos problemas do Judiciário: a morosidade processual”, destaca.

O tempo de tramitação será desdobrado em diversas variáveis. Além do tempo médio desde o início até o encerramento definitivo do processo, será possível mensurar o tempo médio de manutenção do acervo, o tempo até a sentença e o tempo entre a sentença e a baixa do processo, o que facilitará a identificação de gargalos e a elaboração de políticas de gestão.

Servidora do Departamento de Pesquisas Judiciarias do CNJ, Gabriela Soares destaca outras inovações importantes do relatório, como a publicação da quantidade de processos finalizados com a prestação de Justiça gratuita e dados sobre a estrutura do Judiciário. A partir de 2016, o Justiça em Números trará a relação de varas de cada tribunal e suas respectivas competências, o número de servidores e um módulo com indicativos processuais por vara. 

Débora Zampier
Agência CNJ de Notícias

Notícias

Credores não habilitados

Extraído de AnoregBR Concordatária tem direito ao levantamento de valores que estão depositados à disposição de credores não habilitados Sex, 25 de Fevereiro de 2011 13:53 A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a empresa Ferragens Amadeo Scalabrin Ltda. tem direito ao...

Direito de Família

  Leis esparsas e jurisprudência geram novas tendências Por Caetano Lagrasta   O Direito de Família é atividade jurídica em constante evolução, ligada aos Costumes e que merece tratamento diferenciado por parte de seus lidadores. Baseado no Sentimento, no Afeto e no Amor, merece soluções...

É válida escuta autorizada para uma operação e utilizada também em outra

24/02/2011 - 10h16 DECISÃO É válida escuta autorizada para uma operação e utilizada também em outra Interceptações telefônicas autorizadas em diferentes operações da Polícia Federal não podem ser consideradas ilegais. Essa foi a decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao...

Estatuto da família

  Deveres do casamento são convertidos em recomendações Por Regina Beatriz Tavares da Silva   Foi aprovado em 15 de dezembro de 2010, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, um projeto de lei intitulado Estatuto das Famílias (PL 674/2007 e...

Casal gay ganha guarda provisória de criança

Extraído de JusBrasil Casal gay ganha guarda de menino no RGS Extraído de: Associação do Ministério Público de Minas Gerais - 1 hora atrás Uma ação do Ministério Público de Pelotas, que propõe a adoção de um menino de quatro anos por um casal gay, foi acolhida ontem pela juíza substituta da Vara...

Mais uma revisão polêmica na Lei do Inquilibato

Mais uma revisão polêmica na Lei do Inquilibato A primeira atualização da Lei do Inquilinato (8.245/91) acabou de completar um ano com grande saldo positivo, evidenciado principalmente pela notável queda nas ações judiciais por falta de pagamento do aluguel. (Outro efeito esperado era a redução...