Aumento da produtividade dos profissionais

Diversão no trabalho é saudável, eleva o desempenho, mas tem limite

Por: Camila F. de Mendonça


08/12/10 - 08h52
InfoMoney

 

SÃO PAULO – Um líder mais espirituoso, uma equipe mais entrosada, um ambiente menos sisudo. Esses três itens ajudam a deixar o clima no trabalho menos tenso, deixam os profissionais mais leves e felizes e aumentam a produtividade e o desempenho deles. Embora não seja aceita em muitos ambientes de trabalho, a diversão só traz benefícios.

“O ambiente descontraído é sadio e motivador e pode, sim, aumentar a produtividade dos profissionais”, afirma a gerente de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vanessa Novais. “Um local mais divertido aumenta a criatividade”, diz.

Dependendo da cultura da empresa, o ambiente corporativo pode ser menos ou mais divertido. Porém, para a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital Emmanuele Spaine, independentemente da área de atuação da empresa, climas mais descontraídos são necessários, até para permitir a manifestação de ideias, muitas vezes proveitosas, que em um ambiente mais fechado sequer seriam pronunciadas.

Nada de cara feia
De acordo com Vanessa, as vantagens de um clima mais divertido na empresa são tantas que até ampliam as chances de os profissionais serem promovidos. “As pessoas mais bem humoradas acabam recebendo 80% mais promoções que as mais carrancudas, sem contar que são mais lembradas pelos líderes”, afirma.

Esse bom humor não depende apenas do perfil do profissional, pois um ambiente leve e aberto na empresa ajuda os colaboradores a terem o sorriso mais tempo no rosto. E não é preciso muito para isso. As especialistas afirmam que pequenos momentos de descontração ajudam a melhorar o ambiente, principalmente em empresas que primam pela competitividade.

“O fato de você ter uma liberdade para conversar, fazer brincadeiras e até piadas ajuda nesse sentido”, diz Vanessa. “Salas de jogos e ambientes decorados podem ser interessantes”, completa Emmanuele.

Esses pequenos gestos devem partir tanto do gestor como dos profissionais. “Os colaboradores podem sugerir ações que promovam esse ambiente, mas não podem ultrapassar a autoridade do líder”, ressalta Vanessa.

Levando o trabalho a sério
Deixar o clima mais divertido não significa esquecer que é preciso atingir resultados. “Os profissionais têm de se levar a sério, sim, e levar o seu trabalho a sério”, diz Emmanuele.

Para ela, muito do ambiente mais harmonioso na empresa deve-se à satisfação do profissional com o seu trabalho. “Quando você tem uma identificação com a organização e seu trabalho, esse clima já vai ser mais leve”, diz a headunter.

E, nessa história, a linha entre ser um profissional bem humorado e um palhaço é tênue. “Toda diversão tem limite, ainda mais dentro do ambiente de trabalho”, ressalta Vanessa. “Piadas a todo o momento, brincadeiras com times de futebol, enfim, podem gerar algum desconforto e faz a equipe perder o foco”, considera a gerente.

Para ela, momentos de diversão devem ser esporádicos para serem eficazes. “A semana inteira com o departamento decorado, por exemplo, cansa. Piadinhas toda hora, cansa. Chega uma hora que tudo cansa, fazendo com que essa diversão perca o objetivo”, avalia Vanessa.


Fonte: InfoMoney

 

Notícias

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial?

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial? Izabella Vasconcellos Santos Paz O artigo aborda a importância do contrato de namoro como proteção patrimonial em relacionamentos informais. terça-feira, 23 de dezembro de 2025 Atualizado às 13:24 "Os tempos são líquidos porque tudo muda tão...

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...