Autora infantil emociona plateia

Autora infantil emociona plateia da Bienal do Livro ao defender importância da leitura

18/04/2012 - 18h05
Cultura
Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

Brasília - Escritora, professora, cantora, atriz, artista plástica e, segundo ela própria, "uma contadeira de histórias fascinada pelas palavras e pelas entrelinhas", a mineira Stella Maris encantou o público que acompanhou hoje (18) a sua apresentação ao fazer palestra sobre o tema Texto Literário Para Crianças e Jovens, como parte da programação do quinto dia da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que ocorre em Brasília (DF) até segunda-feira (23).

Em seu depoimento pessoal, Stella Maris fez uma defesa apaixonada da leitura e da criatividade. "O ser humano é sofisticado por natureza. Ele só precisa ser lembrado disso. Todos gostam de coisas boas", disse a autora de Último Dia de Brincar (1987).

Perguntada sobre a especificidade de escrever para os jovens, a escritora disse que esta é uma dúvida permanente entre os autores infantojuvenis. "A meu ver, a coisa mais importante é tentar fazer arte e não subestimar a inteligência das crianças e dos jovens. É preciso trabalhar a linguagem, procurar dizer as coisas ao seu modo, buscar uma forma pessoal de expressão. E, talvez, falar sobre assuntos que achamos que possam interessar aos jovens, embora, neste aspecto, nós sempre possamos errar. Por isso, eu primeiro falo para mim mesma".

Para estimular o gosto pela leitura, a autora recomendou aos pais que leiam e contem, desde cedo, histórias para seus filhos. E, aos governos, ela pediu que invistam na criação e na melhoria das bibliotecas. A escritora também sugeriu aos jovens muita leitura e, para isso, pediu que os pais e professores criem as condições para que eles busquem, gradualmente, a leitura de obras de qualidade.

"Os jovens estão lendo bastante, mas livros sobre vampiros ou de autoajuda, obras sobre relacionamentos [interpessoais], que ensinam a beijar e coisas do tipo. Daí a importância do professor. Cabe a nós mostrar a eles que a melhor literatura não quer ensinar nada, mas sim encantar, fazer sonhar, o que, como tudo na vida, vai possibilitar que ele também aprenda algo, embora esta não seja a principal função da literatura".

Ao final da palestra de Stella Maris, ocorreu a cerimônia de entrega do Prêmio Brasília de Literatura a Nilma Lacerda, autora de Sortes de Villamor, vencedora na categoria infantojuvenil.

 

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

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