Avança projeto que estimula uso de agrotóxicos de baixa periculosidade

29/05/2012 - 14h36 Comissões - Meio Ambiente - Atualizado em 29/05/2012 - 17h26

Avança projeto que estimula uso de agrotóxicos de baixa periculosidade

Ricardo Koiti Koshimizu

Com o objetivo de reduzir os perigos dos agrotóxicos nos alimentos, a senadora Ana Rita (PT-ES) defende uma política governamental que financie pesquisas e ofereça crédito aos produtores rurais, de modo a incentivar o uso de defensivos agrícolas de baixo risco. O PLS 679/11, projeto de lei de sua autoria que prevê tais medidas, foi aprovado nesta quarta-feira (29) na primeira das três comissões do Senado em que precisa ser examinado: a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Ana Rita argumentou que, além de representarem riscos à saúde da população, os agrotóxicos convencionais são capazes de prejudicar as exportações brasileiras, justamente por seu grau de toxicidade. Ela lembrou o recente caso das vendas de suco de laranja aos Estados Unidos que foram barradas porque o produto continha um tipo de agrotóxico proibido naquele país.

A senadora também observou que o projeto de lei é resultado de uma demanda apresentada por trabalhadoras rurais durante a Marcha das Margaridas, realizada em Brasília no ano passado.

Durante a tramitação na CMA, o texto foi alterado pelo senador Anibal Diniz (PT-AC). Em seu relatório, ele ressalta que incorporou sugestões do Ministério do Meio Ambiente e do senador Pedro Taques (PDT-MT). Ana Rita concordou com as mudanças, afirmando que “elas aperfeiçoaram a matéria”.

O texto aprovado na CMA altera a Lei 7.802, de 1989 (também conhecida como Lei dos Agrotóxicos) para instituir a Política Nacional de Apoio aos Agrotóxicos e Afins de Baixa Periculosidade. Define que o governo financiará pesquisas com esse objetivo por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).

Também prevê incentivos governamentais para o estabelecimento de unidades industriais de produção e distribuição de agrotóxicos de baixa periculosidade, além da oferta de crédito, assistência técnica e capacitação aos produtores rurais.

As próximas comissões do Senado a examinarem o projeto são a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e, em seguida, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

 

Agência Senado

 

Notícias

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial?

Contrato de namoro: Bobagem ou blindagem patrimonial? Izabella Vasconcellos Santos Paz O artigo aborda a importância do contrato de namoro como proteção patrimonial em relacionamentos informais. terça-feira, 23 de dezembro de 2025 Atualizado às 13:24 "Os tempos são líquidos porque tudo muda tão...

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...