Clipping - Juristas discordam de registro de paternidade sem comprovação formal

Clipping - Juristas discordam de registro de paternidade sem comprovação formal

Jornal Nacional

Relator da proposta chegou a dizer que mães poderiam registrar nome do pai sem precisar apresentar comprovação. Nesta terça-feira (22), ele mudou o tom e disse que projeto não dispensa comprovação formal da paternidade.


Clique aqui e veja a matéria.


O projeto aprovado no Senado sobre direitos iguais para pais e mães na hora de registrar o nascimento dos filhos, gerou polêmica. Juristas discordam da interpretação de que as mães poderiam registrar, sem comprovação formal, o nome do pai da criança.

O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado há menos de uma semana.

Hoje, o pai tem prioridade para registrar a criança. E pode fazer isso sozinho em um prazo de 15 dias.

Já a mãe só pode fazer o registro sozinha se colocar o filho apenas em seu nome e indicar a paternidade, que será remetida a um juiz para verificação.

Com a proposta, os dois são colocados em situação de igualdade - não existiria mais uma ordem de preferência.

A polêmica é sobre o registro do nome do pai na certidão de nascimento. Logo após a aprovação, o relator chegou a dizer que as mães poderiam registrar o nome do pai sem precisar apresentar uma comprovação. Nesta terça-feira (22) ele mudou o tom e disse que o projeto não dispensa a comprovação formal da paternidade.

“O que é suficiente para o homem registrar uma criança deve ser o suficiente para uma mulher registrar essa mesma criança“, diz o Senador Humberto Costa, relator.

Para o juiz Clicério Bezerra e Silva, a nova lei não pode revogar o Código Civil e que por isso, a comprovação da paternidade continua, sim, exigida.

“O que a mãe pode fazer é indicar o nome do suposto pai e caso este não reconheça espontaneamente, a própria parte poderá ingressar com ação de investigação de paternidade. Mas em nenhum momento autoriza a mãe a incluir o nome do pai no registro civil do nascimento”, explica o juiz.

O deputado Rubens Bueno, autor do projeto, diz que o objetivo da lei é simplesmente atualizar a legislação - que é da década de 70 e garantir igualdade de direitos.


“Eu acho que dá  igualdade, equipara, e dá sobretudo o direito a mãe de fazer o registro do seu filho de forma separada ou em conjunto com o marido”, diz o autor do projeto, deputado Rubens Bueno, do PPS do Paraná.

Internamente, a avaliação de técnicos do governo é que o texto da proposta possibilita muitas interpretações diferentes. E que só uma regulamentação pode, de fato, fixar os limites do projeto - que é terminativo. Se não houver recurso ao plenário, vai direto à sanção da presidente, que pode fazer mudanças.


Fonte: Jornal Nacional

Publicado em 23/10/2013

Extraído de Recivil

Notícias

Como fica a divisão de bens no divórcio? Entenda de vez

Como fica a divisão de bens no divórcio? Entenda de vez Alessandro Junqueira de Souza Peixoto Vai se divorciar e não sabe como dividir os bens? Entenda como o regime de bens escolhido impacta diretamente na partilha e evite surpresas no momento mais delicado da separação. quarta-feira, 4 de junho...

Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento

Herança digital Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento Com a ausência de uma legislação específica, cresce a necessidade de planejamento sucessório para ativos digitais como contas online, criptomoedas e arquivos pessoais. Da Redação terça-feira, 3 de junho de...

Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor

ÔNUS INVERTIDO Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor Martina Colafemina 29 de maio de 2025, 7h49 Como, no caso, o credor não anexou provas da intimação, o juiz classificou como verdadeiros os fatos narrados pela autora e anulou a execução extrajudicial. Confira em Consultor...