Família com três responsáveis legais obtém registro de multiparentalidade já na gestação

Família com três responsáveis legais obtém registro de multiparentalidade já na gestação

23/07/2025
Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do Folha de S.Paulo)

Uma decisão judicial permitiu o registro de um bebê com três responsáveis legais ainda durante a gestação, no Rio de Janeiro. O caso envolve uma família formada por duas mulheres e um homem, unidos não por vínculo afetivo entre os três, mas por um projeto parental conjunto. O trio planejou a gestação por meio de fertilização in vitro, com o homem como doador de sêmen e coparente da criança.

A Justiça reconheceu o direito à multiparentalidade desde o nascimento, garantindo que o nome dos três constasse na certidão de nascimento do bebê, tornando-o o primeiro no Brasil, concebido por reprodução assistida, a ter os três responsáveis legais registrados já ao nascer.

Apesar de a legislação brasileira não prever expressamente a parentalidade entre três pessoas desde a origem, decisões judiciais têm reconhecido esse modelo em contextos específicos, com base no princípio da dignidade da pessoa humana e na afetividade como fundamento das relações familiares. Em geral, esses registros são obtidos após o nascimento, por meio de ações judiciais que buscam o reconhecimento da multiparentalidade.

Segundo a advogada responsável pelo caso, especializada em famílias plurais, ainda há lacunas legais que dificultam a formalização imediata de novos formatos parentais, especialmente os que envolvem casais homoafetivos ou relações de coparentalidade fora dos modelos tradicionais. Ela ressalta que essas famílias enfrentam maiores barreiras, exigindo planejamento jurídico e acompanhamento profissional para garantir segurança jurídica.

A reprodução assistida, nesse contexto, segue as diretrizes do Conselho Federal de Medicina, que proíbe o uso de sêmen de familiares da mãe gestante e restringe o uso por conhecidos que não tenham vínculo de paternidade – o que não se aplicava ao caso, já que houve o reconhecimento da coparentalidade desde o início do processo médico.

O trio formalizou seus direitos e deveres por meio de um contrato particular, detalhando responsabilidades parentais, divisão de despesas e estratégias para resolução de conflitos, o que foi apresentado como parte da fundamentação do pedido judicial.

Fonte: IBDFAM

_________________________________________________

 

                                                                                                                            

                 

Notícias

Suspensas cláusulas restritivas de testamento

28/04/2011 - 11h08 DECISÃO Suspensas cláusulas restritivas de testamento em favor de mulher em dificuldades financeiras A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que atenuou cláusulas restritivas impostas em testamento a uma mulher que passava por graves dificuldades...

R$ 100 mil de dano moral por negativa de cobertura de endoscopia digestiva

R$ 100 mil de dano moral por negativa de cobertura de endoscopia digestiva (26.04.11) A Unimed Ceará Regional de Itapagé (CE) terá que pagar uma indenização de R$ 100 mil a um consumidor que teve negada internação no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), para tratamento de ´insuficiência...

Difamação contra menor no Orkut é crime de competência da Justiça Federal

27/04/2011 - 08h03 DECISÃO Difamação contra menor no Orkut é crime de competência da Justiça Federal O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a competência para julgamento dos crimes de difamação contra menores por meio do site de relacionamento Orkut é da Justiça Federal. Os ministros da...

Registro de patente será mais ágil a partir de maio

Extraído de Notícias Jurídicas Processo de registro de patente será mais ágil a partir de maio SÃO PAULO – O registro de patentes no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual) será mais ágil a partir de 3 de maio. O novo sistema possibilitará aos depositantes de patentes acompanhar, em...

Prática de falar mal do ex para filhos é crime

Extraído de IBDFAM Prática de falar mal do ex para filhos é crime 26/04/2011 | Fonte: Eshoje (Espírito Santo) Já ouviu falar de "alienação parental"? Esta é uma pratica que vem se tornando comum e que pode causar danos gravíssimos para crianças e adolescentes. A alienação acontece quando pais se...