Governo quer compartilhar base da nova identidade com iniciativa privada

Governo quer compartilhar base da nova identidade com iniciativa privada

Publicado em: 13/08/2015

Com recursos e estrutura já disponíveis ao Tribunal Superior Eleitoral, seria desperdício o governo federal buscar uma alternativa ao Registro Civil Nacional, proposto como nova carteira de identidade dos brasileiros. Eis a justificativa do governo federal para deixar a tarefa com a Justiça Eleitoral.

Ou assim se expressou o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, primeiro ouvido pela comissão da Câmara que analisa o PL 1775/15. Segundo ele, trata-se de adotar a solução mais simples depois que falhou a tentativa de criar o Registro de Identidade Civil (a encarnação anterior do RCN).

Afif defendeu que caso o projeto vire lei até o fim deste 2015, em dois anos a nova identidade seria realidade. “Depois vamos normatizar o uso compartilhado com estados, municípios e a própria iniciativa privada, até porque o sistema financeiro é quem mais sofre com a questão da identificação”, afirmou.

Esse ponto, porém, pode não sobreviver à tramitação legislativa. O PL 1775/15 já tem 12 emendas e duas delas impedem expressamente que a base de dados seja compartilhada para além dos limites do Poder Público. Outras tentam envolver os cartórios e os Instituto de Identificação estaduais no processo. E há ainda um substitutivo que muda totalmente o projeto, quase retomando o RIC.

Para o ministro, no entanto, a base de dados única via TSE é um avanço. “O RIC patinou por 18 anos. Patinou o tempo inteiro e essa patinação se deu por conta dos interesses locais, na briga se tinha de ser da polícia ou não. Não conseguimos implementar porque não houve integração entre os Poderes”, sustentou.

Segundo ele, seria um desperdício não usar o TSE. “A Justiça eleitoral tem um trabalho vasto na coleta de biometria. Já está em curso um processo que não temos que começar de novo. E no curto prazo teremos um cadastro biométrico de todo o país, aproveitando estrutura e orçamento já existente.”

Entre os predicados, o TSE já teria recolhido mais de 5 milhões de dados biométricos (leia-se, as impressões digitais dos 10 dedos) e recentemente ampliou sua capacidade: passou de 5 mil para 18 mil equipamentos de coleta, o que em tese lhe permitiria fazer cerca de 120 mil delas por dia.

“Pedimos encarecidamente que esse projeto possa ter uma tramitação rápida. Se pudermos dar uma turbinada na discussão, pode ser terminativa na própria comissão para levarmos o projeto ao Senado e termos isso definido em termos legais neste segundo semestre e acelerar a implantação nos próximos dois anos”, disse aos deputados.

Fonte: Site Convergência Digital
Extraído de Recivil

Notícias

Juiz faz audiência na rua para atender homem em situação vulnerável

Proteção social Juiz faz audiência na rua para atender homem em situação vulnerável Acordo homologado garantiu ao trabalhador o recebimento do BPC. Da Redação sexta-feira, 12 de setembro de 2025 Atualizado às 13:05 Uma audiência fora do comum marcou esta semana em Maceió/AL. O juiz Federal Antônio...

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório Pedro Henrique Paffili Izá O STJ reafirma que renúncia ou aceitação de herança é irrevogável, protegendo segurança jurídica e limites da sobrepartilha. quinta-feira, 25 de setembro de 2025 Atualizado às 07:38 No recente julgamento do REsp...

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento 23/09/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do DPE-TO) No Tocantins, uma idosa de 76 anos conseguiu formalizar o divórcio de um casamento que havia se dissolvido na prática há mais de duas décadas. A...

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país Entre 2020 e 2024, número de procedimentos cresceu 49,7%, segundo o Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal O volume de famílias que têm resolvido a partilha de bens de forma extrajudicial vem aumentando desde 2020, quando foi...

Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação

Ex é para sempre Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação Danilo Vital 22 de setembro de 2025, 19h18 “Enquanto os haveres não forem efetivamente pagos ao ex-cônjuge, permanece seu direito de crédito em face da sociedade, que deve incidir também sobre os lucros e...