Ministério da Saúde começa a distribuir remédio 3 em 1 para pacientes com HIV

Ministério da Saúde começa a distribuir remédio 3 em 1 para pacientes com HIV

14/01/2015 17h29  Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil  Edição: Jorge Wamburg

Na próxima semana deve começar a chegar à rede pública de saúde dos municípios de todos os estados brasileiros o medicamento 3 em 1, que beneficiará, inicialmente, 100 mil novos pacientes com HIV em 2015. Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a medida é um estímulo para que os pacientes permaneçam em tratamento. Aos poucos, aqueles que já estão se tratando com os três comprimidos fornecidos separadamente vão começar a usar a combinação.

A dose tripla, considerado tratamento de primeira linha para quem tem o vírus HIV, é a combinação dos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg). “Ele vai facilitar muito a vida de quem usa o medicamento, porque diminui a quantidade de comprimido durante o dia, o que aumenta a adesão ao tratamento”, disse o secretário.

O Ministério da Saúde investiu R$ 36 milhões na aquisição de 7,3 milhões de comprimidos. O estoque é suficiente para atender os pacientes nos próximos 12 meses.

Segundo Barbosa, a maioria dos pacientes permanece no tratamento, mas muitos, por estarem se sentindo bem e em alguns casos até acreditarem que o remédio pode fazer mal, decidem, por conta própria, interromper o uso do remédio. “Os antirretrovirais não curam, é importante que as pessoas tenham essa consciência”, explicou o secretário, alertando que quem tem o vírus tem de fazer o tratamento a vida toda, sem interrupções. “Qualquer interrupção pode levar o vírus a se multiplicar e também pode favorecer a resistência, levando a pessoa a não reagir mais ao medicamento e ter que buscar outro.”

Tanto o 3 em 1, que começou a ser distribuído agora, quanto o 2 em 1 e o ritonavir 100 miligramas termoestável, que começaram a ser distribuídos em dezembro do ano passado, tinham o uso na rede pública previsto em protocolo publicado em dezembro de 2013. Esse protocolo estabelece também que todos os adultos com HIV, independentemente da carga viral, têm direito ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Jarbas Barbosa enfatizou que todas as pessoas com vida sexual ativa têm de fazer o teste de HIV. Segundo o secretário, até seis meses depois de iniciado o tratamento, 90% das pessoas com HIV/aids estarão com a carga viral indetectável e assim deixarão de ser transmissoras do vírus. Quanto mais cedo começar o tratamento, maior será a qualidade de vida do paciente. Segundo Barbosa, o Brasil oferece o que há de mais moderno no mundo para o tratamento de soropositivos.

Os estados do Rio Grande do Sul e Amazonas, que têm as maiores taxas de detecção do vírus, recebem, desde novembro, a dose tripla combinada. Nesse período, cerca de 11 mil pacientes foram beneficiados nos dois estados. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids no país. Deste total, 80% foram diagnosticadas e, entre estes, 400 mil estão em tratamento. Todos os anos, cerca de 39 mil casos de aids são detectados.

Agência Brasil

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Pacientes com HIV/aids receberão medicamentos mais modernos

10/11/2014 17h48  Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil   Edição: Beto Coura

Os pacientes com HIV/aids contarão com duas novas apresentações de medicamentos no Sistema Único de Saúde. Segundo o Ministério da Saúde, nesta semana, o ritonavir 100 miligramas (mg) termoestável começa a ser distribuído. Um novo comprimido denominado “dois em um”, por reunir dois princípios ativos, deve chegar aos postos de saúde em dezembro.

Segundo diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, o ritonavir faz parte do coquetel de medicamentos desde 1997, mas ele dependia de armazenamento em geladeira, pois precisava de uma temperatura de 2 graus centígrados (Cº) a 8Cº para a conservação.

“Colocava para o paciente o desafio de estar próximo de uma geladeira na hora de tomar a medicação. Do ponto de vista de logística, tinha a dificuldade de distribuir em todo o Brasil mantendo a temperatura e ter geladeira em todos os serviços provedores de antirretrovirais. Era bem mais complexo”, avalia o diretor. Cerca de 60 mil pessoas deverão ser beneficiadas com a nova versão do medicamento.

O “dois em um” é uma combinação do tenofovir 300 mg com a lamivudina 300mg em um único comprimido. Segundo Mesquita, os pacientes que tomam os medicamentos precisavam tomar três comprimidos, dois de lamivudina e um de tenofovir, agora reduzidos a um.

O “dois em um” será disponibilizado somente para os pacientes que não têm indicação clínica do “três em um” que, além da composição do "dois em um", conta com o efavirenz 600 mg. O "dois em um" é produzido no Brasil pela Farmanguinhos/Fiocruz e deve beneficiar aproximadamente 75 mil pacientes.

Para Mesquita, os novos medicamentos vão simplificar a vida do paciente e, com isso, melhorar a adesão ao tratamento.

Agência Brasil

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