Plenário aprova MP que modifica as Parcerias Público-Privadas

28/11/2012 - 20h20 Plenário - Votações - Atualizado em 28/11/2012 - 21h53

Plenário aprova MP que modifica as Parcerias Público-Privadas

Da Redação

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (28), o PLV 25/2012, originário da MP 575/2012, modificada pela Câmara, que permite a antecipação de pagamentos pelos governos federal, estaduais ou municipais a empresas que realizam obras por contrato de parceria público-privada (PPP), mesmo antes do término das obras.

Os aportes serão feitos proporcionalmente às etapas concluídas. Pela lei em vigor (Lei 11.079/2004) os recursos são repassados após a conclusão das obras contratadas. Para o sócio privado, a vantagem é depender menos da tomada de empréstimos para tocar a obra.

A medida assegura tratamento distinto em favor do parceiro privado, com a diluição do prazo de pagamento dos tributos federais incidentes sobre os recursos públicos repassados para a construção e aquisição de bens. De início, haverá dispensa, por exemplo, do Imposto de Renda (IR), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), do PIS-Pasep e da Cofins. A arrecadação dos impostos será feita à medida que os recursos forem efetivamente aplicados. O objetivo é baratear o custo de implantação das PPPs.

Estados e municípios poderão ampliar a margem de despesas com projetos executados por meio de PPPs. O limite de comprometimento da receita corrente líquida (RCL) poderá passar de 3% para 5%. A medida também reduz o prazo para o operador privado acionar o Fundo Garantidor de Parceria (FGP), no caso do parceiro público não honrar a sua parte financeira no contrato da PPP.

A aprovação foi comemorada pela base governista.

- Não teremos um processo de desenvolvimento sustentado no Brasil sem aumentar o nível de investimento, e não é possível aumentá-lo só com recursos do Estado; é necessária uma participação grande do setor privado através do regime de concessões, e essa MP abre caminho para essa participação mais forte – disse o senador Francisco Dornelles (PP-RJ).

Oposição

A oposição em peso protestou contra os chamados “contrabandos” aplicados ao texto, que seriam inconstitucionais por versarem sobre matéria diversa ao conteúdo originário da MP e até mesmo apresentarem vício de iniciativa. Representantes do DEM, do PSDB e do PSOL propuseram a retirada de três artigos da medida, mas após acordo firmado com o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), só conseguiram a rejeição de um deles. Com essa mudança, a matéria volta para a Câmara dos Deputados.

O dispositivo que mais gerou protestos foi o que alterava o Código Brasileiro de Telecomunicações para mudar a punição a quem opera as rádios piratas, ou seja, sem a devida autorização do Ministério das Comunicações. Aprová-lo, para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), era premiar quem foi indiciado em inquéritos em razão de operar emissoras de radio ilegais, tornando os senadores “associados à marginalidade”.

Já Pedro Taques (PDT-MT) afirmou que a MP, ao “criar um novo tipo penal” com esse dispositivo, traz uma excrescência ainda maior do que os costumeiros contrabandos legislativos, e pediu que o próximo candidato à Presidência do Senado lute pela aprovação da PEC que modifica o rito das medidas provisórias.

Os outros dois dispositivos que a oposição tentou retirar foram o que cria 24 cargos em comissão para o Ministério do Esporte e três para o Ministério da Integração Nacional; e o que desonera parte das receitas por serviços prestados por escritórios de advocacia.

Emendas

A MP 575, relatada pelo senador Sérgio Souza (PMDB-PR), recebeu modificações na comissão mista destinada a avalia-la, desde mudanças de cunho tributário até a criação de 27 cargos em comissão para ministérios.

Foram acolhidas emendas que permitiram a redução de valores das multas cobradas por descumprimento da entrega de declarações criadas pela Secretaria da Receita Federal; a prorrogação da alíquota zero das contribuições para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre farinha de trigo, trigo e pré-misturas próprias para a fabricação de pão até 31 de dezembro de 2013; e conferiu personalidade jurídica de direito público aos Conselhos Federal e Regionais de Despachantes Documentalistas, entre outras questões.

 

Agência Senado

 

Notícias

Portal da Transparência

CNJ lança Portal da Transparência do Judiciário na internet Quinta, 20 de Janeiro de 2011     Informações sobre receitas e despesas do Poder Judiciário federal estão disponíveis no Portal da Transparência da Justiça (https://www.portaltransparencia.jus.br/despesas/), criado pelo Conselho...

Dentista reclama direito a aposentadoria especial

Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 Cirurgião dentista que atua no serviço público de MG reclama direito a aposentadoria especial Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Reclamação (Rcl 11156) proposta pelo cirurgião dentista Evandro Brasil que solicita o direito de obter sua aposentadoria...

OAB ingressará com Adins no STF contra ex-governadores

OAB irá ao Supremo propor cassação de pensões para os ex-governadores Brasília, 17/01/2011 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (17) que a OAB ingressará com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal contra todos...

Desmuniciamento de arma não conduz à atipicidade da conduta

Extraído de Direito Vivo Porte de arma de fogo é crime de perigo abstrato 14/1/2011 16:46   O desmuniciamento da arma não conduz à atipicidade da conduta, bastando, para a caracterização do delito, o porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar....

Prática de racismo no ambiente de trabalho

Extraído de JusBrasil Apelidos racistas no ambiente de trabalho geram danos morais Extraído de: Direito Vivo - 38 minutos atrás   Na Justiça do Trabalho de Minas ainda é grande a incidência de processos que denunciam a prática de racismo no ambiente de trabalho. Mas a sociedade moderna e as...