TRT-3 entende que contagem dos prazos processuais em dias úteis não se aplica ao Processo do Trabalho

TRT-3 entende que contagem dos prazos processuais em dias úteis prevista no novo CPC não se aplica ao Processo do Trabalho

O art. 219, do novo CPC estabelece que: “Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único - O disposto nesse artigo aplica-se somente aos prazos processuais”.

Entendendo que a norma se aplicaria ao Processo do Trabalho, uma trabalhadora ajuizou embargos de declaração computando-se o prazo em dias úteis, porém a 7ª Turma do TRT da 3ª Região (Minas Gerais) não admitiu os embargos, por considerá-los intempestivos, isto é, ajuizados fora do prazo legal.

A Desembargadora Cristiana Maria Valadares Fenelon ressaltou que “[...] de acordo com o art. 769 da CLT, as normas do processo civil são aplicáveis subsidiariamente na esfera trabalhista nas seguintes hipóteses: "Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título". Porém, a CLT não é omissa quanto ao prazo para oposição de embargos de declaração, preceituando expressamente que ele é de cinco dias (art. 897-A). Ademais, há incompatibilidade entre as normas do processo civil e as do processo do trabalho no particular, ante a natureza alimentar do crédito trabalhista.”

Assim, O TRT da 3ª Região não conheceu os embargos de declaração, por intempestivos.

Processo relacionado: 0011143-52.2015.5.03.0001.

Extraído de Jurisite

Notícias

Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento

Herança digital Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento Com a ausência de uma legislação específica, cresce a necessidade de planejamento sucessório para ativos digitais como contas online, criptomoedas e arquivos pessoais. Da Redação terça-feira, 3 de junho de...

Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor

ÔNUS INVERTIDO Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor Martina Colafemina 29 de maio de 2025, 7h49 Como, no caso, o credor não anexou provas da intimação, o juiz classificou como verdadeiros os fatos narrados pela autora e anulou a execução extrajudicial. Confira em Consultor...

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens Autora argumentou que bem foi comprado com recursos próprios 23/05/2025 - Atualizado em 23/05/2025 Origem da Imagem/Fonte: TJMG Justiça entendeu que não há provas no processo de que o bem foi adquirido com recursos...