Anatel fará acompanhamento de operadoras

08/08/2012 - 14h13 Comissões - Comunicação - Atualizado em 08/08/2012 - 14h55

Anatel fará acompanhamento trimestral de operadoras

Marcos Magalhães

A qualidade dos serviços prestados pelas empresas de telefonia celular terá acompanhamento trimestral da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em todas as unidades da federação, segundo anunciou nesta quarta-feira (8) o presidente do órgão, João Batista de Rezende. Ele se colocou à disposição para retornar ao Senado em novembro para apresentar informações relativas à situação de redes, a taxa de acesso aos serviços e o congestionamento de chamadas de longa distância.

- Nos municípios maiores vamos monitorar antena por antena, acompanhar o atendimento ao usuário e os índices de interrupção de ligações. Não está descartada a possibilidade de nova suspensão da venda de chips, após acompanhamento fino do que as empresas estão propondo – disse Rezende em audiência pública conjunta das Comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Marco regulatório

Na abertura da reunião, o presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), observou que, após a suspensão da venda de chips imposta pela Anatel a operadoras de telefonia, a “sociedade clama por uma resposta à crítica qualidade dos serviços prestados”. Por sua vez, o presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), considerou a suspensão imposta pela agência uma “medida correta, embora tardia”.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, apoiou as medidas adotadas pela Anatel em defesa dos consumidores. Em sua opinião, essas medidas servirão como “freio de arrumação” para o setor de telecomunicações. Ele ressaltou, contudo, a necessidade de se aperfeiçoar o ambiente regulatório do setor, em especial no que se refere a regras de compartilhamento de infraestrutura pelas operadoras de telefonia. O ministro manifestou ainda a disposição de colaborar com os senadores na aprovação de um projeto de lei que estabeleça regras nacionais para a instalação de antenas de telefonia celular.

Representando na audiência as operadoras de telefonia celular, o diretor executivo da Telebrasil, Eduardo Levy, informou que a entidade instalou em abril um grupo de trabalho para analisar o tema e que toda a instalação da rede de telefonia de quarta geração já será feita de forma compartilhada pelas empresas – o que foi considerado por Bernardo como uma boa notícia.

Durante o debate, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) também defendeu a aprovação, pelo Congresso Nacional, de uma legislação que regulamente a instalação de antenas de telefonia celular, além do compartilhamento de infraestrutura entre empresas de telecomunicações e energia.

Apagão

O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) disse que está ocorrendo no Brasil um “apagão na telefonia móvel”, que considera insuportável para o cidadão.

- Vejo pessoas irritadas, jogando telefone pela janela do carro, pelo stress que causa o fato de não conseguirem falar em seus celulares – relatou Souza.

O senador Anibal Diniz (PT-AC) observou que a liberação de venda de chips pela Anatel deveria ter sido feita de forma paulatina, de acordo com os resultados concretos obtidos pelas empresas após os seus investimentos. O senador Tomás Correia (PMDB-RO) disse ter ficado preocupado ao saber que a Anatel somente há um ano acompanha de perto a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lembrou que a Inglaterra, mesmo com sua boa infraestrutura, está enfrentando problemas com os serviços de telefonia celular durante os Jogos Olímpicos de Londres, e ponderou se o Brasil estará preparado para a Copa do Mundo em 2014. Por sua vez, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) questionou o que fez a Anatel acreditar que as propostas de investimentos feitas pelas operadoras serão honradas. Ao final da audiência, o senador Vital do Rego (PMDB-PB) defendeu a adoção de um “marco regulatório” sobre o uso das antenas de telefonia celular.

 

Agência Senado

 

Notícias

Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa

Caso de divórcio Erro essencial? Juíza nega anular casamento por doença mental da esposa Homem alegou que se casou sem saber de problema psiquiátrico, mas juíza não viu requisitos do CC para anulação. Em vez disso, concedeu o divórcio. Da Redação segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025 Atualizado às...

TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio

Cadê o dinheiro? TJ-MG concede a quebra de sigilo bancário em uma ação de divórcio 4 de fevereiro de 2025, 19h12 Ao decidir, o desembargador entendeu que estavam presentes no caso os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil para a concessão de pedido liminar: probabilidade do direito e...

STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula

Doação inoficiosa STJ: Partilha em que filho recebeu R$ 700 mil e filha R$ 39 mil é nula Relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou a necessidade de respeitar a legítima dos herdeiros. Da Redação terça-feira, 4 de fevereiro de 2025 Atualizado às 18:04 STJ declarou nula partilha em vida realizada...

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding

Planejamento sucessório: o risco da inércia da holding No universo do planejamento sucessório, a ferramenta que certamente ganhou mais atenção nos últimos tempos foi a holding. Impulsionada pelas redes sociais e por um marketing sedutor, a holding tornou-se figurinha carimbada como um produto capaz...