Aprovada possibilidade de reavaliação de bem penhorado

Geraldo Magela/Agência Senado

Aprovada possibilidade de reavaliação de bem penhorado

  

Simone Franco e Gorette Brandão | 11/08/2015, 11h30 - ATUALIZADO EM 11/08/2015, 14h11

A Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/1989) poderá ser alterada com o objetivo de assegurar a possibilidade de realização de nova avaliação de bens penhorados, para quitação de dívida de contribuintes inadimplentes. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (11), projeto de lei (PLS 24/2014) do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) admitindo a revisão do valor desses bens, mesmo que a primeira avaliação tenha sido feita por oficial de Justiça. A proposta segue para votação final na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

De acordo com o PLS 24/2014, a nova avaliação poderá ser pedida pelo devedor executado ou pela Fazenda Pública. Ao justificar a iniciativa, Ferraço observou que ela está alinhada com a jurisprudência — decisões judiciais que consolidam uma determinada linha de interpretação — do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Apesar das reiteradas decisões do STJ, conforme destacou Ferraço, alguns tribunais de instâncias inferiores continuam a rejeitar o pedido de reavaliação dos bens penhorados. No seu entendimento, tal interpretação restritiva pode trazer prejuízos tanto para os executados quanto para a Fazenda Pública, já que o processo acaba chegando ao STJ enquanto o crédito permanece sem liquidação.

O relator, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), recomendou a aprovação da proposta e apresentou emenda ao texto original. A mudança estabelece condições para o juiz determinar uma nova avaliação do bem, como o registro de erro ou dolo do avaliador, passível de ser questionado por qualquer uma das partes. O próprio juiz poderá determinar de ofício a realização de nova avaliação, se considerar procedente a dúvida sobre o valor atribuído ao bem.

Na ausência de Valadares na reunião da CAE, o parecer ao PLS 24/2014 foi apresentado pelo senador Fernando Bezerra (PSB-PE).

 

Agência Senado 

Notícias

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso Censo 2022 revela que 51,3% da população tinha relação conjugal Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil Publicado em 05/11/2025 - 10:03 Brasília Origem da Imagem/Fonte: Agência Brasil  -  Certidão de...

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio Alessandro Junqueira de Souza Peixoto A decisão do STJ muda o jogo: Agora, imóveis financiados também podem ser penhorados para pagar dívidas de condomínio. Entenda o que isso significa para síndicos e...

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...