Aprovado projeto que incentiva uso de agrotóxico de baixa periculosidade

André Corrêa/Agência Senado

Aprovado projeto que incentiva uso de agrotóxico de baixa periculosidade

Iara Guimarães Altafin | 09/04/2015, 10h54 - ATUALIZADO EM 09/04/2015, 10h57

Para incentivar o uso de agrotóxicos menos tóxicos ou não tóxicos ao ser humano e menos danoso ao meio ambiente e que resultem em alimentos mais saudáveis, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou nesta quinta-feira (9), em decisão terminativa, projeto que cria a Política Nacional de Apoio aos Agrotóxicos de Baixa Periculosidade.

O projeto (PLS 679/2011) foi apresentado pela ex-senadora Ana Rita (PT-ES), para estimular o desenvolvimento desse tipo de produto em escala industrial, visando reduzir seu custo e ampliar o uso no meio rural.

Ana Rita pretendia que a nova política fosse restrita ao estímulo a agrotóxicos não sintéticos de origem natural, mas a relatora na CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), modificou a proposta para incluir produtos sintéticos considerados seguros do ponto de vista toxicológico e ambiental.

O texto prevê que o poder público estimulará pesquisas que resultem em agrotóxicos de baixa periculosidade, sejam naturais ou sintéticos, utilizando recursos dos fundos nacionais de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Meio Ambiente.

Também determina que sejam criados programas de incentivos à fabricação desses produtos e à utilização dos mesmos pelos agricultores. A proposta prevê que receberão crédito com juros menores os produtores que derem preferência a agrotóxicos não sintéticos naturais.

Esses são produtos usados para combater pragas da lavoura a partir de inimigos naturais ou micro-organismos que atacam a planta. É o caso, por exemplo, do uso de um vírus que ataca a lagarta da soja como alternativa para o controle do inseto. Outro exemplo é o uso de vespas no combate a lagartas que atacam culturas de cana-de-açúcar, milho e tomate.

Já os produtos sintéticos incluídos na proposta são os de baixa toxicidade, como os feromônios sintetizados e colocados em armadilhas, para atrair insetos que causam prejuízos em lavouras ou criações.

O texto define ainda aspectos que caracterizam os agrotóxicos de baixa periculosidade, como custo reduzido, simplicidade no manejo, eficiência agronômica no combate a pragas e não favorecimento de resistência nas pragas, ao lado da baixa toxidade e do menor dano ao meio ambiente.

O PLS 679/2011 será submetido a mais uma votação na CRA, em turno suplementar, antes de seguir para exame na Câmara dos Deputados.

Agência Senado

 

Notícias

Usucapião como limite temporal para reconhecimento da fraude à execução fiscal

Opinião Usucapião como limite temporal para reconhecimento da fraude à execução fiscal Antonio Carlos de Souza Jr. Roberto Paulino de Albuquerque Júnior 31 de julho de 2025, 7h04 O tribunal superior, porém, não vem analisando uma importante questão sobre a fraude à execução fiscal, qual seja:...

Intenção de pagar a dívida basta para manter devedor em imóvel

Vitória da boa-fé Intenção de pagar a dívida basta para manter devedor em imóvel 26 de julho de 2025, 12h32 Na decisão, a juíza destacou a gravidade da situação e disse que “tais medidas são a última oportunidade para solução amigável, caso contrário, será dado cumprimento ao mandado de...

Regime da separação convencional de bens e a renúncia antecipada à herança

Opinião Regime da separação convencional de bens e a renúncia antecipada à herança Rafael Adelor Cabreira 28 de julho de 2025, 9h21 Uma vez escolhido o regime da separação convencional de bens, o casal deixa claro que não tem interesse no patrimônio do outro — para além da morte do consorte,...

Central de Escrituras e Procurações e LGPD: entre publicidade e privacidade

Opinião Central de Escrituras e Procurações e LGPD: entre publicidade e privacidade João Rodrigo Stinghen 23 de julho de 2025, 19h37 Com efeito. o objetivo de facilitar o acesso aos dados de procurações e escrituras é facilitar a busca patrimonial em face de credores inadimplentes. Por um lado,...