Área cultivada no Brasil cresce mais de 4% e chega a 68 milhões de hectares
Área cultivada no Brasil cresce mais de 4% e chega a 68 milhões de hectares
	26/10/2012 - 10h07
	Economia
	Nielmar de Oliveira
	Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Alavancada principalmente pela expansão da soja, do milho e do algodão herbáceo, a área cultivada no Brasil, em 2011, foi 2,8 milhões de hectares maior do que a de 2010, registrando um crescimento de 4,3% e atingindo um total de 68,1 milhões de hectares.
Os dados fazem parte da Produção Agrícola Municipal (PAM), Culturas Temporárias e Permanentes, de 2011. Divulgada hoje (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa investiga 64 culturas em 5.565 municípios brasileiros.
Segundo o IBGE, entre os produtos pesquisados, 48 apresentaram variação positiva de produção e 36, variação da área positiva plantada – com dez dos produtos analisados registrando melhor produtividade, na comparação com 2010.
Os dados do levantamento indicam, ainda, que o valor da produção agrícola alcançou R$ 195,6 bilhões, um crescimento de 27,1% em relação ao ano anterior. O crescimento, segundo o IBGE, foi impulsionado, de maneira geral, pela elevação dos preços dos produtos agrícolas, que vêm registrando alta desde 2010 – seja em razão do aumento da demanda ou da redução da oferta, tanto nos mercados interno quanto externo.
Entre os produtos que mais se destacaram no aumento do valor da produção estão a soja (34,9%); a cana-de-açúcar (38,6%); e o milho (46,4%). Apesar de registrar uma redução na produção, segundo o IBGE, “devido à alternância de anos de alta e de baixa produtividade”, o café também se destacou ao obter uma valorização absoluta da produção, de 40,1%.
Estimulado pelos bons preços do produto na época do plantio, o algodão herbáceo se destacou com um aumento da produção de 76,2%, em decorrência da elevação do volume plantado.
A pesquisa da Produção Agrícola Municipal de 2011, segundo o IBGE, registrou também que a ocorrência de boas condições climáticas, principalmente do final de 2010 para o primeiro trimestre de 2011, como fator determinante para o bom desempenho de algumas culturas – o que fez com que, entre as 64 culturas pesquisadas, 23 apresentassem recordes de produtividade média nacional, com destaque para a soja, o arroz e o feijão, produtos que compõem a cesta básica da população.
	
	Edição: Lana Cristina
	Foto/Fonte: Agência Brasil
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Soja responde por mais de 35% da área cultivada e continua com o maior valor da produção agrícola
	26/10/2012 - 10h13
	Economia
	Nielmar de Oliveira
	Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Produção Agrícola Municipal (PAM), pesquisa que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (26), constatou que a soja, mais uma vez, foi a cultura com o maior valor da produção, respondendo por 25,7% do valor total da produção agrícola brasileira de R$ 195,6 bilhões, verificado em 2012. A produção de soja, em valores, ficou em R$ 50,3 bilhões.
Em seguida, vêm a cana-de-açúcar, que respondeu por 20,1% do valor total – ou R$ 39,2 bilhões; e o milho, com 11,4% (R$ 22,2 bilhões).
Em 2011, ano-base da pesquisa, a cultura da soja bateu mais um recorde de produção, com 74,8 milhões de toneladas produzidas em uma área de 24 milhões de hectares – um aumento de 8,8 milhões de toneladas em relação a 2011 e de 3% em relação à área plantada.
Na avaliação do IBGE, os produtores expandiram as áreas cultivadas de soja, em detrimento principalmente do milho primeira safra – que é cultivado na mesma época –, “atraídos por melhores preços e facilidades de comercialização”.
Ao contrário de 2010, quando as cotações internacionais caíram com o aumento da oferta e a valorização do real, em 2011, ocorreu uma recuperação dos preços da soja no mercado internacional, “influenciada pelas condições climáticas desfavoráveis que atingiram grandes produtores, como a seca na Rússia, na Argentina e em parte da Europa”, disse o IBGE.
Houve ainda grandes cheias na Austrália e nevasca nos Estados Unidos, o que fez com que o produto fosse comercializado no Brasil a R$ 673,24 a tonelada em 2011, contra R$ 543,67, em 2010 – um aumento de 23,8%.
Edição: Lana Cristina
Agência Brasil
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Produção de cana-de-açúcar registra menor crescimento dos últimos seis anos
	26/10/2012 - 10h30
	Economia
	Nielmar de Oliveira
	Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A produção brasileira de cana-de-açúcar registrou, em 2011, a menor expansão dos últimos seis anos, tendo crescido apenas 2,3% em relação a 2010. Os dados fazem parte da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção total de cana-de-açúcar do país ficou em 427.364.854 toneladas, resultado apenas 0,2% maior do que o verificado na safra de 2010.
No estado de São Paulo, a área colhida apresentou um crescimento de 4,4% (219.207 hectares). O rendimento médio, no entanto, caiu 4%, diminuindo de 85.543 quilos por hectare (kg/ha) para 82.093 kg/ha, de 2010 para 2011. O estado continua sendo o maior produtor nacional de cana-de-açúcar, respondendo por 58,2% da produção do país.
Na avaliação do IBGE, a desaceleração do crescimento da cultura do produto deve-se à falta de chuvas regulares nas principais regiões produtoras do Brasil – situação registrada a partir do segundo semestre de 2010, estendendo-se, posteriormente, de abril a setembro de 2011. “Os canaviais enfrentaram outros problemas climáticos em 2011, como as geadas que atingiram os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e do Paraná, além do excesso de florescimento que reduziu o rendimento industrial”, constata o instituto na pesquisa.
Ainda segundo o IBGE, a falta de renovação dos canaviais no momento adequado e a diminuição da quantidade de insumos aplicados, devido à descapitalização dos produtores, agravou a queda de produtividade dos canaviais, que fechou 2011 em menos 3,3%. “O setor ainda sofre efeitos da crise econômica internacional que se iniciou em 2008, restringindo os investimentos e a oferta de crédito, consequentemente, retraindo o processo de implantação de novas usinas e diminuindo a expansão dos canaviais.”
Para o IBGE, a queda no ritmo de crescimento da produção e uma maior destinação de cana para a produção de açúcar e também para a produção de álcool anidro (produto que é misturado à gasolina) levaram a uma redução na oferta de álcool hidratado – que é comercializado diretamente nas bombas dos postos de combustíveis.
“A associação desses fatores elevou os preços e afastou os consumidores, que passaram a optar pela gasolina devido ao melhor custo/benefício.” A conjunção desses fatores, avalia o IBGE, fez com que, em outubro de 2011, o governo federal aprovasse a redução da proporção de álcool anidro adicionado à gasolina, que passou de 25% para 20%.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio indicam que, para atender à demanda, o país teve que importar 1,1 bilhão de litros de etanol dos Estados Unidos em 2011, o que representou 96,7% do total importado – volume recorde e muito superior aos 74 milhões de litros importados em 2010.
Entre os 20 maiores municípios produtores de cana-de-açúcar, que, juntos, representam 11,6% da produção nacional, 15 estão localizados em São Paulo, com destaque para Morro Agudo, maior produtor individual nacional, responsável por 1,9% da produção paulista.
Em contraponto ao crescimento nacional como um todo, o estado de Minas Gerais, segundo maior produtor, continuou com o seu processo de expansão dos canaviais observado nos últimos anos, com crescimento de 11,4% na área plantada e de 11,8% na produção. Essas novas áreas que entraram no processo produtivo apresentaram boas produtividades, chegando à média de 81.475 kg/ha, a terceira maior do Brasil, ficando atrás apenas dos estados do Tocantins, com 84.816 kg/ha, e de São Paulo, com 82.093 kg/ha.
Dois municípios mineiros estão entre os 20 principais produtores brasileiros: Uberaba, em oitavo lugar, e Conceição das Alagoas, em nono.
	Edição: Lana Cristina
	Agência Brasil
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