CCJ vai analisar proposta que criminaliza assédio em transporte público

Pedro França/Agência Senado

CCJ vai analisar proposta que criminaliza assédio em transporte público

  

Da Redação | 18/09/2017, 13h22 - ATUALIZADO EM 18/09/2017, 13h25

A inclusão no Código Penal do crime de constrangimento ofensivo ao pudor em transporte público é um dos itens da pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (20), às 10h.

PLS 740/2015 é de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE) e prevê pena de dois a quatro anos para quem assediar ou molestar alguém dentro de ônibus, trem, metrô, avião ou qualquer outro meio de transporte público. Segundo o parlamentar, foi necessário atualizar a legislação devido ao aumento de casos de violência sexual deste tipo.

Pedro França/Agência Senado
O relator Magno Malta (PR-ES) concorda com o PLS 740/2015

O relator Magno Malta (PR-ES) concordou com a iniciativa e citou dados do jornal O Estado de S.Paulo, segundo os quais  foram registrados quatro casos por semana na em 2016 somente na capital paulista.

Segundo ele, a proposta encontra uma solução para o impasse hoje vigente na legislação. Salvo a hipótese de estupro, que exige violência ou grave ameaça, a conduta de frotteurismo (ato de se esfregar em outra pessoa) pode ser hoje enquadrada como importunação ofensiva ao pudor, contravenção penal que sujeita o agente a apenas pena de multa, ou violação sexual mediante fraude, crime com pena de reclusão de dois a seis anos.

— São dois extremos e nenhum oferece uma descrição adequada da conduta. O projeto cria uma solução intermediária, que nos parece acertada — opinou.

Nova LEP

O primeiro item da pauta da CCJ desta quarta-feira é a proposta de renovação da Lei de Execução Penal (LEP), contida no PLS 513/2013, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

O projeto traz soluções de mais possibilidades de ressocialização dos condenados e tenta atacar problemas como superlotação dos estabelecimentos prisionais e excesso de presos provisórios.

O texto prevê, por exemplo, incentivos fiscais para empresas que contratem egressos do sistema prisional, em percentual a ser regulamentado. Também amplia as hipóteses de remição de pena, que passam a incluir o artesanato e a leitura, além do trabalho e do estudo.

Apesar de elogiar o trabalho do autor, o relator Jader Barbalho (PMDB-PA) apresentou mudanças que resultaram num substitutivo. Se aprovado, o substitutivo passará por mais um turno de votação na Comissão. Depois, o PLS 513/2013 ainda precisará ser analisado pelo Plenário, visto que tramita de forma não terminativa na CCJ.

Maioridade penal

Os senadores da CCJ ainda terão a tarefa de analisar quatro propostas de emenda à Constituição tramitando em conjunto sobre a maioridade penal. O assunto é polêmico e deve gerar longos debates.

Pedro França/Agência Senado
O relator, Ricardo Ferraço, mostrou-se favorável à PEC 33/2012 sobre a maioridade penal

O relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) mostrou-se favorável à PEC 33/2012, do senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e pela rejeição das outras três propostas.

A PEC de Aloysio abre a possibilidade de redução da maioridade penal no caso de crimes graves cometidos por jovens maiores de 16 anos. Para Ferraço, a proposta de Aloysio estabelece solução “tanto racional quanto ponderada” para o problema da delinquência juvenil.

 

Agência Senado

Notícias

Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento

Herança digital Advogada esclarece o que ocorre com dados digitais após falecimento Com a ausência de uma legislação específica, cresce a necessidade de planejamento sucessório para ativos digitais como contas online, criptomoedas e arquivos pessoais. Da Redação terça-feira, 3 de junho de...

Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor

ÔNUS INVERTIDO Imóvel não deve ser alienado sem que haja intimação do devedor Martina Colafemina 29 de maio de 2025, 7h49 Como, no caso, o credor não anexou provas da intimação, o juiz classificou como verdadeiros os fatos narrados pela autora e anulou a execução extrajudicial. Confira em Consultor...

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens Autora argumentou que bem foi comprado com recursos próprios 23/05/2025 - Atualizado em 23/05/2025 Origem da Imagem/Fonte: TJMG Justiça entendeu que não há provas no processo de que o bem foi adquirido com recursos...