Corretores de imóveis querem redução de anuidades

Geraldo do Nascimento (E), presidente do Sindimóveis e o senador Paulo Paim (D) 

12/05/2014 - 12h03 Comissões - Legislação Participativa - Atualizado em 12/05/2014 - 12h03

Corretores de imóveis querem redução de anuidades e participação em conselho da categoria

Iara Guimarães Altafin

Em audiência pública nesta segunda-feira (12) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), Geraldo Francisco do Nascimento, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Sindimóveis-DF), defendeu a redução do valor das anuidades cobradas da categoria e mudança na composição dos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (Creci).

O sindicato sugere que a anuidade para corretor autônomo ou firma individual seja de, no máximo, R$ 250. Conforme informou Nascimento, a taxa hoje é de R$ 500. A cobrança proposta para pessoa jurídica, que varia de acordo com o capital social da empresa, ficaria entre R$ 400 e R$ 800. Hoje está entre R$ 1 mil e R$ 1,8 mil.

– Pagamos a mais alta taxa entre as categorias profissionais, nem os advogados pagam taxa tão alta – disse Geraldo Nascimento.

Para compor os conselhos regionais, ele defende que dois terços – e não mais a totalidade, como é hoje – sejam eleitos por votação pelos profissionais inscritos no órgão e um terço passaria a ser indicado pelo Sindicato de Corretores de Imóveis da área do respectivo Conselho Regional.

– Nós corretores somos os únicos que não temos direito ao contraditório nos processos julgados nos plenários dos conselhos – afirmou.

Legislação participativa

As propostas constam da Sugestão Legislativa (SUG) 11/2013, apresentada ao Senado pelo Sindimóveis/DF. Esse tipo de iniciativa passa por um exame inicial da CDH e, se considerada admissível, é convertida em projeto de lei e passa a tramitar nas comissões indicadas pela Mesa do Senado.

O debate foi proposto pelo relator da matéria na comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), a pedido da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci) e do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci). Essas entidades, no entanto, não enviaram representantes para o debate.

Em defesa da sugestão, o presidente do Sindimóveis/DF informou que o valor da anuidade cobrada dos corretores dobrou nos últimos dez anos. Ele revelou ainda que empresas que vendem imóveis na planta têm obrigado os corretores autônomos a abrirem firmas, para permitir a emissão de notas fiscais.

– Somos obrigados então a pagar os R$ 500 de pessoas físicas e mais R$ 1 mil de pessoa jurídica – protestou.

Nascimento afirmou ainda que a participação do sindicato nos conselhos regionais constava do texto original da Lei 6.530/1978, que regulamentou a profissão, tendo sido abolida por modificação na legislação, em 2003.

– Os corretores são julgados nos conselhos sem condição de direito de defesa e até mesmo à revelia. O sindicato, fazendo parte dos conselhos, não deixará nenhum processo ser julgado sem uma profunda análise dos fatos. Serão defendidos em plenário os direitos do trabalhador – disse.

Após ouvir a defesa da sugestão legislativa feita pelo presidente do Sindimóveis/DF, o senador Paulo Paim disse que dará parecer para que a proposição possa ser discutida e votada pelas demais comissões do Senado.

 

Agência Senado

 

Notícias

Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito

COISAS SEPARADAS Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito Rafa Santos 20 de junho de 2025, 7h26 Na mesma decisão, o juiz também negou pedido de suspensão do processo e homologou a arrematação do imóvel e a expedição de carta de arrematação e mandado de imissão na...

Sem intimação pessoal, alienação de bem do devedor não é válida

Falta de aviso Sem intimação pessoal, alienação de bem do devedor não é válida Martina Colafemina 15 de junho de 2025, 15h52 Com efeito, ao menos em sede de cognição sumária, não há prova de que os autores tenham sido intimados pessoalmente, daí podendo derivar a nulidade do ato de consolidação da...

A viabilidade do inventário extrajudicial e suas as vantagens no mundo atual

A viabilidade do inventário extrajudicial e suas as vantagens no mundo atual Milena Cintra de Souza O crescimento na procura da via extrajudicial para realização de inventários em todo o país e as novidades trazidas pela resolução 571/24 do CNJ. quinta-feira, 12 de junho de 2025 Atualizado às...

Interdição só é válida se for registrada em cartório, diz juíza

FORA DA REGRA Interdição só é válida se for registrada em cartório, diz juíza Martina Colafemina 12 de junho de 2025, 8h16 Em sua análise, a juíza deu exemplos de artigos que dizem que é nulo qualquer contrato celebrado por uma pessoa absolutamente incapaz. Entretanto, ela analisou que a validade...