Eleições deste ano foram as primeiras a ter propaganda em redes sociais

Foto: Arte Câmara
05/10/2012 09:39

Eleições deste ano foram as primeiras a ter propaganda em redes sociais

Campanha virtual: aposta de marqueteiros irrita alguns internautas

A propaganda eleitoral na internet segue as mesmas regras da veiculada nos outros veículos: pode ser feita apenas três meses antes do dia da eleição até a antevéspera da votação (4 outubro).

Pela primeira vez, foi liberado o uso de redes sociais para que candidatos a vereadores e prefeitos fizessem campanhas virtuais. A legislação eleitoral permite a propaganda em blogs, redes sociais e em sites de mensagens instantâneas depois de 5 de julho do ano de cada eleição. As propagandas pagas continuam vedadas.

Nos municípios onde houver segundo turno, a propaganda eleitoral volta a partir do dia 13 de outubro e vai até o dia 26. O segundo turno será no dia 28 de outubro.

Segundo os especialistas, a veiculação de campanha na internet é uma tendência que veio para ficar, principalmente nas cidades grandes. Um dos motivos é que 95% dos 83,4 milhões de brasileiros que acessam a internet utilizam redes como Facebook, Orkut e Twitter para trocar experiências.

Outra razão para as redes sociais serem uma ferramenta eficiente de campanha é que a indicação de amigos e de familiares a respeito de um conteúdo tem mais credibilidade que uma campanha publicitária — e, portanto, mais chances de leitura.

O especialista em comportamento digital Marcelo Minutti afirma que mesmo as pessoas que não têm acesso às redes sociais acabam influenciadas pelas campanhas, por intermédio de outras pessoas. “Não tem como ignorar o internauta. Uma campanha bem construída, bem desenhada, não pode deixar de lado uma forte estratégia digital."

Excesso de exposição
Por outro lado, tem muita gente irritada com a propaganda eleitoral nas redes, espaços considerados de descontração. Para Minutti, a chateação ocorre porque o trabalho não está sendo bem feito. “Há muitas estratégias realmente invasivas. Isso causa um problema sério, porque em vez de ajudar, pode prejudicar a imagem do candidato. Na quinta mensagem recebida, o eleitor já não quer mais ver aquele candidato na sua frente.”

Na opinião do especialista, o jeito certo de usar as redes para melhorar o conhecimento dos eleitores em relação aos candidatos é direcionar as mensagens a pessoas que possam influenciar outras dentro e fora da internet.

Além disso, ele afirma que as ações da campanha devem ser adequadas ao ambiente onde o eleitor se encontra. Nas grandes cidades, surte efeito atingir diretamente o eleitor utilizando um blog, o Twitter ou o Facebook, em postagens que mostrem as propostas e a vida do candidato. Nas cidades menores, são os líderes locais que repassam a informação para o eleitor, por meio de mensagem de celular, por exemplo.

No entanto, na opinião do profissional de marketing digital Reinaldo Cirilo, nas cidades pequenas, a campanha tradicional — muitas vezes no corpo a corpo — ainda é a melhor forma de chegar ao eleitor. "Em cidade pequena, as pessoas geralmente não acessam a internet".

 

Íntegra da proposta:

 

Reportagem - Ginny Morais e Noéli Nobre
Edição - Patricia Roedel

Agência Câmara de Notícias

 

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