Empresas podem ficar sem CNPJ

19/07/2012 14:01

Empresas que usarem trabalho escravo podem ficar sem CNPJ

Arquivo/ Saulo Cruz
Roberto de Lucena
Lucena: É necessário punir os receptadores das mercadorias.

As empresas que lançarem mão de trabalho escravo ou que adquirirem produtos decorrentes da exploração desse tipo de mão de obra poderão ter suas inscrições no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) canceladas. A medida está prevista no Projeto de Lei 3107/12, que também impede que os dirigentes dessas empresas atuem no mesmo ramo pelo prazo de dez anos.

O autor da proposta, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), explica que a legislação atual já estabelece sanções civis, penais, além de multa para quem explorar trabalho escravo. Mas, segundo ele, os receptadores dos produtos elaborados com esse tipo de mão de obra não são penalizados.

“Enquanto houver compradores de seus produtos, enquanto existirem pessoas, físicas ou jurídicas, que, escondidas nas brechas da legislação a elas não dirigidas, reduzem o custo de produção de seus próprios produtos comprando insumos oriundos do trabalho escravo, este mal permanecerá, em maior ou em menor grau, vicejando nos desvãos de nossa sociedade”, alertou Lucena.

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será votada pelo Plenário.

 

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Mariana Monteiro - Foto: Arquivo/Saulo Cruz - Agência Câmara de Notícias

 

Notícias

Imóvel de família é impenhorável mesmo que incluído em ação de inventário

Bem intocável Imóvel de família é impenhorável mesmo que incluído em ação de inventário Danilo Vital 18 de setembro de 2025, 17h50 “Na hipótese em que o bem imóvel for qualificado como bem de família, ainda que esteja incluído em ação de inventário, deve ser assegurada a sua impenhorabilidade no...

Decisão do STJ convida a repensar transmissão de bens digitais no Brasil

Uma vida na nuvem Decisão do STJ convida a repensar transmissão de bens digitais no Brasil Danilo Vital 15 de setembro de 2025, 8h48 “Enquanto isso, a jurisprudência decide caso a caso, o que gera decisões díspares e falta de previsibilidade. A decisão do STJ é inovadora, mas não resolve essa...