Juiz colhe depoimento de testemunha via Skype

Foto: Gil Ferreira/ CNJ

Juiz do Trabalho colhe depoimento de testemunha nos EUA via Skype

22/10/2015 - 16h28

As novas tecnologias podem ser importantes aliadas da Justiça na busca por mais rapidez e economia processual. Um exemplo disso foi dado na manhã da terça-feira (20/10), quando o juiz titular da 13ª Vara do Trabalho da capital carioca, Ricardo Georges Affonso Miguel, colheu, pela primeira vez, um depoimento via Skype – software de comunicação pela internet por meio de conexões de voz e vídeo. A inovação permitiu ouvir a distância, desde os Estados Unidos, a única testemunha de um processo sobre assédio sexual que tramita em segredo de justiça.

"O caminho natural para ouvir essa testemunha, que mora fora e não tem previsão de retorno ao Brasil, seria a expedição de carta rogatória para as autoridades americanas. Seria impossível ouvi-la agora. Senti que essa prova era importante, por ser a única pessoa que teria presenciado o suposto assédio. Então, sugeri a oitiva via Skype, e as partes concordaram", conta o juiz Ricardo Miguel, que enfatiza a anuência da autora da ação e da empresa ré como imprescindível para evitar futuras alegações de nulidade do depoimento.

Na hora marcada, as partes e seus advogados se apresentaram na sala de audiências da 13ª VT, no Fórum da Lavradio, no Centro do Rio de Janeiro. Depois de prestar compromisso de somente fornecer informações verdadeiras – como acontece em qualquer depoimento presencial –, a testemunha respondeu às perguntas do magistrado e dos advogados por cerca de 50 minutos.

Celeridade - "Por muito tempo, considerei perigosa a oitiva por meios eletrônicos, pois, só pela voz, não é possível ao juiz perceber se a testemunha falta com a verdade. Mas, com o desenvolvimento de novas tecnologias e a possibilidade de contato visual, mesmo com o delay na transmissão, consegue-se avaliar isso com tranquilidade. Trata-se de uma tentativa de celeridade, que acarreta economia processual. Vejo de forma muito positiva a utilização de mecanismos eletrônicos no curso do processo do trabalho", diz o titular da 13ª VT.

Segundo o magistrado, para o sucesso da iniciativa foi fundamental o apoio da Coordenadoria de Suporte Técnico do Usuário (CSTU), vinculada à Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT/RJ), cuja equipe instalou o Skype no computador da sala de audiências.

Fonte: TRT-RJ
Extraído de CNJ

Notícias

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens Autora argumentou que bem foi comprado com recursos próprios 23/05/2025 - Atualizado em 23/05/2025 Origem da Imagem/Fonte: TJMG Justiça entendeu que não há provas no processo de que o bem foi adquirido com recursos...

STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança

Sucessão STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança Colegiado entendeu que renúncia à herança é ato irrevogável, impedindo participação em sobrepartilha. Da Redação terça-feira, 13 de maio de 2025 Atualizado às 18:24 Por unanimidade, a 3ª turma do STJ decidiu que a...

Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico

Vínculo afetivo Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico O juiz autorizou a expedição de mandado ao cartório de registro civil para averbação da sentença. Da Redação quarta-feira, 14 de maio de 2025 Atualizado às 12:05 A vara de Família e Sucessões de Varginha/MG reconheceu, por...

Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio

SÓ QUANDO CONVÉM Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio 8 de maio de 2025, 11h57 Tal conduta caracteriza a chamada ‘nulidade de algibeira’. Em síntese, a nulidade de algibeira consiste na estratégia de não alegar a nulidade no momento em que ela ocorre, utilizando-a...

Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ

Opinião Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ Caroline Valéria Adorno de Macêdo 5 de maio de 2025, 6h32 A jurisprudência do STJ tem reiterado que tais exceções devem ser interpretadas restritivamente, em respeito à função social da moradia e à dignidade da pessoa...