Ministro Gilmar Mendes defende adiamento do novo CPC

Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados
23/06/2015 - 15h20Atualizado em 23/06/2015 - 19h39

Em reunião com Cunha, ministro Gilmar Mendes defende adiamento do novo CPC

Código de Processo Civil e Registro Civil Nacional foram discutidos no encontro

Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados
À esquerda, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli concede entrevista acompanhado dos ministros Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Gillmar Mendes, do STF
Dias Toffoli, Afif Domingos e Gilmar Mendes em entrevista durante visita à Câmara dos Deputados
 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu nesta terça-feira os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e Gilmar Mendes, e o ministro da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos. Eles trataram do novo Código de Processo Civil (CPC), que entra em vigor em março de 2016, e do Registro Civil Nacional, previsto no Projeto de Lei 1775/15, em análise na Câmara.

Gilmar Mendes defendeu que o início da vigência do novo CPC seja adiado ou que texto seja alterado para evitar sobrecarga de trabalho nos tribunais superiores. Ele se referiu ao dispositivo que transfere a análise da admissibilidade de recursos, hoje feita pelo tribunal de origem, para o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ministro estima que isso acarrete em aumento de 50% do número de processos analisados pelos tribunais superiores. O STF, segundo ele, precisaria de 150 servidores para trabalhar nessa área. Já o STJ, necessitaria destacar 400 pessoas para a nova função.

“Fazer uma reforma que quer celeridade para botar mais 150 servidores para cuidar tão somente da admissibilidade? No STJ, estão falando de 400 servidores. É algo que beira a irrisão", disse Mendes.

Registro Civil Nacional
Já o ministro Dias Toffoli, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu a aprovação do PL 1775/15, cujo texto cria o documento de Registro Civil Nacional (RCN) a partir da base de dados de registro biométrico da Justiça Eleitoral. No futuro, esse documento poderá substituir o título de eleitor e reunir diversos dados oriundos de outros órgãos do Poder Público.

Segundo Toffoli, Eduardo Cunha determinou a criação de uma comissão especial para analisar o projeto e dar celeridade à tramitação. A previsão é de que o projeto seja analisado pela comissão em agosto e que esse sistema comece a funcionar, no máximo, a partir do ano que vem, começando pelo Distrito Federal, onde todos os eleitores já realizaram o registro biométrico da Justiça Eleitoral.

O PL 1775/15 é uma iniciativa do governo federal e do TSE. O ministro Afif Domingos assinou a mensagem encaminhada ao Congresso, argumentando que o objetivo é integrar as informações da Justiça Eleitoral com o banco de dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), que é administrado pelo Executivo.

Reportagem - Idhelene Macedo
Edição - Daniella Cronemberger
Agência Câmara Notícias

 

Notícias

Médicos com jornada de 40 horas não podem receber adiantamento do PCCS em dobro

22/08/2012 - 08h02 DECISÃO Médicos com jornada de 40 horas não podem receber adiantamento do PCCS em dobro Embora esteja integrado à remuneração do servidor, o adiantamento do PCCS (Plano de Classificação de Cargos e Salários) não tem natureza de vencimento básico e, por isso, não pode ser...

TRF1: Mesmo sem morar no imóvel família garante impenhorabilidade

TRF1: Mesmo sem morar no imóvel família garante impenhorabilidade A Sétima Turma do Tribunal Regional Federal negou provimento à remessa oficial e à apelação interposta pela Fazenda Nacional contra sentença que julgou parcialmente procedentes os embargos à execução para desconstituir a penhora...