Perda de competitividade da indústria deve ser superada por meio da educação, diz Cristovam

19/03/2012 - 16h51 Plenário - Pronunciamentos - Atualizado em 19/03/2012 - 16h57

Perda de competitividade da indústria deve ser superada por meio da educação, diz Cristovam

Da Redação

O senador Cristovam Buarque contestou nesta segunda-feira (19) o que disse ser a opinião do governo e da maior parte dos empresários e dos economistas sobre a perda de competitividade da indústria nacional. Segundo o senador, a indústria brasileira não perde posições apenas por causa do câmbio supervalorizado, como pensa a maioria, mas por problema que poderiam ser superados com a educação.

– O câmbio não é a razão fundamental, sobretudo em médio e longo prazos. O problema não é conjuntural, de taxa de câmbio; o problema é estrutural, de como fazer, o que fazer.

Para Cristovam, o problema da competitividade envolve a produtividade e a criatividade, áreas em que o Brasil estaria fracassando. O senador afirmou que a educação gera ciência e tecnologia, capazes de aumentar a produtividade e de garantir criatividade na indústria. O início desse caminho, observou, seria o pagamento do piso salarial para os professores, atualmente fixado em R$ 1.451.

Cristovam afirmou que, em vez de dizer que não podem pagar o mínimo, prefeitos e governadores deveriam pensar em saídas para conseguir pagar. Uma das opções, segundo o senador, seria aumentar o número de alunos, já que o valor total do Fundo de Desenvolvimento da Educação de Base (Fundeb), e também do reajuste do piso, é relacionado ao número de alunos matriculados nas escolas. De acordo com ele, se o número de alunos aumentasse, o reajuste do piso seria menor.

– Procurem essa solução. Não vai ser bom para o que a gente quer, que é aumentar significativamente o valor dos salários dos professores. Mas, pelo menos, no momento de crise que vocês vivem, prefeitos e governadores, vocês conseguiriam certo alívio – sugeriu.

Outra sugestão do senador é a redução dos custos do Legislativo nos municípios, nos estados e na União, que não criaria problemas para o funcionamento das câmaras de vereadores, das assembleias legislativas e do Congresso, mas poderia pagar boa parte do reajuste do piso. Se as medidas não forem suficientes, a saída, segundo o senador, é transferir as escolas para a União.

– Quando um banco entra em crise, o governo federal adota aquele banco. Por que, quando uma escola entra em crise, o governo federal não a adota? Com isso, poderíamos ter, sem dúvida alguma, a solução vergonhosa de um país que é a sexta economia do mundo e não paga um piso de R$ 1.451.

O senador terminou o pronunciamento com a sugestão de que os sindicatos de professores procurem o Ministério Público para que sejam tomadas medidas contra os governadores e prefeitos que não pagarem o piso.

Agência Senado

 

Notícias

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio Alessandro Junqueira de Souza Peixoto A decisão do STJ muda o jogo: Agora, imóveis financiados também podem ser penhorados para pagar dívidas de condomínio. Entenda o que isso significa para síndicos e...

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...