PJe gera economia e maior celeridade à tramitação processual

Foto: Renata Caldeira/TJMG

PJe gera economia e maior celeridade à tramitação processual, defendem conselheiros

23/05/2014 - 11h30

Os conselheiros do CNJ Saulo Casali Bahia e Rubens Curado defenderam, nesta última quinta-feira (22/5), em Belo Horizonte/MG, a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) nos tribunais brasileiros, como forma de garantir maior economia ao Judiciário e agilidade na tramitação processual. Saulo Bahia, que preside a Comissão de Tecnologia da Informação do CNJ, destacou ser imprescindível a adoção do PJe, para gerar economia e evitar que sejam desenvolvidos sistemas diversificados para cada um dos tribunais do país. “O Processo Judicial eletrônico deve ser visto como um avanço por cada Tribunal que o implante”, frisou o conselheiro durante o Encontro Nacional do PJe, realizado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O encontro reuniu magistrados, membros do Ministério Público (MP), defensores públicos, advogados e técnicos de instituições diversas para promover o intercâmbio de informações entre as Cortes que já utilizam o sistema. O PJe é um sistema de processamento eletrônico de informações e prática de atos processuais, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com os tribunais brasileiros.

“Não podemos conviver com esse volume de papel nem podemos ter centenas de sistemas diferenciados”, ressaltou Saulo Casali Bahia. No evento, o conselheiro falou sobre a importância da uniformização das versões hoje  existentes de processo eletrônico em uma versão nacional única. Informou que a expectativa é de que o PJe seja implantado em 10% dos órgãos julgadores ainda este ano.

Sobre os órgãos que já operam com o sistema, o conselheiro deu o exemplo da Justiça do Trabalho, onde 72% das ações novas tramitam pelo PJe. Em sua palestra, Saulo Casali destacou a parceria valiosa da OAB na implantação do sistema com sugestões e críticas voltadas ao aperfeiçoamento da ferramenta. “Os problemas, comuns a todos os sistemas, serão sanados”, declarou, frisando que o PJe constitui-se em uma das maiores ferramentas do Judiciário e em facilidade para o advogado.

Celeridade – Integrante da Comissão de Tecnologia da Informação do CNJ, o conselheiro Rubens Curado defendeu a disseminação do processo eletrônico para agilizar os julgamentos. “O PJe é o serviço de qualidade do Poder Judiciário. Essa ferramenta incorpora uma visão de um Judiciário único, global não segmentário, mas com respeito às especificidades de cada órgão”, disse.

Segundo o conselheiro, o percentual de uso do meio eletrônico na tramitação processual é de aproximadamente 20%. Desse percentual de processos virtuais, 45% estão nos Juizados Especiais. Rubens Curado defendeu a necessidade de aumentar esse percentual para o uso eletrônico de processos nos Tribunais de Justiça brasileiros.

Em Minas Gerais -  Na abertura do encontro, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Herculano Rodrigues, enfatizou que é fundamental expandir o processo eletrônico para dar resposta aos jurisdicionados que buscam um Judiciário mais célere. O presidente do TJMG afirmou que a tramitação de processos em meio físico resulta em lentidão e burocracia, além de atentar contra a sustentabilidade do meio ambiente. O magistrado defende a aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas para que o resultado buscado, uma Justiça célere, seja alcançado. Hoje no Estado há um trabalho conjunto sendo desenvolvido entre o Judiciário e o Ministério Público para garantir a utilização conjunta do sistema. O projeto piloto será desenvolvido nos próximos meses.

“O uso do PJe garante e amplia o acesso à Justiça. Ele vai conferir ao trabalho mais eficiência, transparência e controle, além de subsidiar melhores decisões administrativas das entidades”, afirmou o promotor de Justiça e coordenador da Superintendência de Tecnologia de Informação do MP em Minas Gerais, Jairo Cruz Moreira. O representante da OAB-MG no Comitê Gestor do PJe do TJMG, Bernardo Grossi Paiva, também reforçou que a implantação do PJe é necessária e trará benefícios a todos os operadores do Direito
.


Fonte: TJMG
Extraído de CNJ

Notícias

Trabalhador retirou-se da audiência porque calçava chinelos de dedos

  Indenização para trabalhador que, calçando chinelos, foi barrado em audiência (04.03.11) Um dia depois da matéria de ontem (3) do Espaço Vital sobre exigências formais (gravata, paletó e calçados) para participar de atos judiciais, surge a notícia de que a União foi condenada a reparar o...

Não é possível reconhecer uniões estáveis paralelas

23/02/2011 - 14h21 STJ decide que é impossível reconhecer uniões estáveis paralelas A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça admitiu que não é possível reconhecer uniões estáveis paralelas entre um funcionário público aposentado do Rio Grande do Sul e duas mulheres, com as quais manteve...

Imunidade profissional não é absoluta

03/03/2011 - 14h08 DECISÃO Advogado é condenado por calúnia e difamação contra colega Em mais um julgamento sobre excessos verbais cometidos por advogado no curso do processo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou seu entendimento de que a imunidade profissional prevista na Constituição...

Cirurgia essencial à sobrevida de segurado

03/03/2011 - 12h29 DECISÃO Unimed deve pagar despesas com cirurgia bariátrica de segurada com obesidade mórbida A gastroplastia (cirurgia bariátrica), indicada como tratamento para obesidade mórbida, longe de ser um procedimento estético ou mero tratamento emagrecedor, revela-se cirurgia...

Aparelho de TV e máquina de lavar são impenhoráveis

03/03/2011 - 08h09 DECISÃO Aparelho de TV e máquina de lavar são impenhoráveis Aparelho de televisão e máquina de lavar, bens usualmente encontrados em uma residência, não podem ser penhorados para saldar dívidas. A decisão é da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento...

Disposição normativa inconstitucional

Terça-feira, 01 de março de 2011 Fixação de valor do salário mínimo por decreto é questionada no STF A possibilidade de o Poder Executivo reajustar e aumentar o salário mínimo por meio de decreto, prevista no artigo 3º da Lei nº 12.382/2011*, foi questionada por meio da Ação Direta da...