População apóia energia hidrelétrica, mas prefere outras fontes de energia

56% dos entrevistados concordaram que o Brasil invista mais na matriz hidrelétrica como fonte de energia

População apóia energia hidrelétrica, mas prefere outras fontes de energia

Da Redação | 22/04/2015, 11h39 - ATUALIZADO EM 22/04/2015, 11h51

A manutenção de investimentos em energia hidrelétrica, principal matriz energética do país, conta com o apoio da maioria dos brasileiros, mas eles preferem que o governo priorize fontes de energia renováveis como eólica e solar, revelou pesquisa de opinião feita pelo DataSenado, em parceria com a Universidade de Columbia (EUA), apresentada na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) nesta quarta-feira (22). Conforme o levantamento, 56% dos entrevistados concordaram que o Brasil invista mais nessa fonte de energia. Por outro lado, 35% dos cidadãos discordaram total ou parcialmente; 9% nem concordaram, nem discordaram.

A opinião foi manifestada pelos cidadãos ao serem informados que “usinas hidrelétricas geram eletricidade sem emitir gases poluentes, contudo, causam danos aos animais que vivem nos rios”.

— As usinas hidrelétricas contam com apoio da maioria da população, mas, em comparação com outras fontes de energia, elas têm menos apoio — assinalou Thiago Cortez Costa, assessor da Secretaria da Transparência do Senado, ao apresentar o estudo.

 
Planta nuclear na Eslováquia: maioria dos brasileiros se mostrou contrária a esta matriz energética

Usinas nucleares

A população também vê com preocupação novos investimentos em energia nuclear. Embora elas não gerem gases poluentes,  65% discordaram total ou parcialmente do investimento nessa fonte de energia.

As regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram maior percentual de discordância, parcial ou total, com, respectivamente, 71% e 69%. Em seguida estão as regiões Sudeste (65%), Norte (63%) e Nordeste (61%).

Do total de participantes, 8% declararam nem concordar, nem discordar sobre o Brasil investir mais nessa fonte de energia e 1% não soube ou não quis responder sobre o tema.

Os mais jovens, nas faixas de 16 a 19 anos e de 20 a 29 anos, mostram-se mais favoráveis ao investimento em produção nuclear de energia, com 38% e 35% de concordância parcial ou total, respectivamente. O grau dessa concordância cai para 24% entre as pessoas com 50 a 59 anos e 60 anos ou mais.

 

Vanderlei Tacchio/Eletrosu

Investimento em energia solar e eólica

Ao serem informados sobre o fato de que energia eólica e solar geram energia elétrica sem emitir gases poluentes, ainda que sejam mais caras, 85% dos respondentes concordaram total ou parcialmente que o Brasil invista mais nessas fontes de energia. Apenas 7% alegaram algum nível de discordância e 6% afirmaram não concordar, nem discordar quanto a esse investimento.

Ainda sobre fontes de eletricidade que não causam poluição, 68% dos indivíduos apresentaram concordância total ou parcial a que empresas de energia sejam obrigadas a investir nessas fontes, mesmo que a conta de luz fique mais cara; 11% não concordaram nem discordaram e 20% se mostraram discordantes, total ou parcialmente.

Financiamento

Sobre o governo brasileiro usar parte do dinheiro arrecadado com impostos para financiar projetos de energia solar e do vento, 54% dos respondentes disseram concordar totalmente e 23% concordaram parcialmente, totalizando 77% de concordância; 16% manifestaram discordância total ou parcial e 7% nem concordaram nem discordaram com o financiamento proposto.

Importação de energia

Dos participantes, 72% se mostraram muito preocupados com a dependência brasileira de importar energia produzida em outros países, 13% afirmaram estar pouco preocupados e 11%, indiferentes. Pouco despreocupados totalizam 2%, 1% muito despreocupado e 1% não quis ou não soube responder essa questão.

Origem das Fotos/Fonte: Agência Senado

__________________________________________

Pesquisa DataSenado: Medidas contra 'gatos' devem ser endurecidas

Da Redação | 22/04/2015, 11h39 - ATUALIZADO EM 22/04/2015, 14h26

 
Moreno Barros
 

As ligações elétricas clandestinas, conhecidas como “gatos”, também foram tema de pesquisa de opinião feita pelo DataSenado, em parceria com a Universidade de Columbia (EUA).

O levantamento, apresentado nesta quarta-feira (22) na reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), mostra que 66% dos brasileiros concordam totalmente com o endurecimento das medidas contra essas ligações, enquanto 10% concordam parcialmente, 7% não têm opinião, 5% discordam parcialmente e apenas 12% discordam totalmente.

Das pessoas com escolaridade até ensino fundamental, 58% concordam de alguma forma com o endurecimento das medidas contra os “gatos”. Percentual que cresce para 77% entre os que têm ensino médio completo e para 85% entre os respondentes com ensino superior completo.

Agência Senado

 

Notícias

Monitor Mercantil: Mais de 5 milhões de imóveis estão irregulares no Brasil

Monitor Mercantil: Mais de 5 milhões de imóveis estão irregulares no Brasil A cada 10 imóveis urbanos no país, quatro não estão devidamente regularizados Mais de 5 milhões de brasileiros vivem em imóveis que não estão devidamente registrados em cartório, segundo levantamento da Associação dos...

O direito à herança do cônjuge

O direito à herança do cônjuge Regina Beatriz Tavares da Silva e Maria Luiza de Moraes Barros Análise da sucessão do cônjuge no CC e na jurisprudência do STJ, nos regimes da separação legal e eletiva. sexta-feira, 18 de julho de 2025 Atualizado em 17 de julho de 2025 14:50 O TJ/SP, em acórdão...

Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato

Sob medida Construtora pode reter taxa de personalização de imóvel em caso de distrato Danilo Vital 16 de julho de 2025, 8h49 A magistrada destacou que o contrato de compra e venda previu a retenção da taxa porque os materiais selecionados para personalizar a unidade têm natureza personalíssima e,...

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves

Artigo: STJ garante proteção do lar para além da morte – por Gabriela Alves Origem da Imagem/Fonte: Extraída de Colégio Notarial do Brasil São Paulo Recente decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou uma diretriz fundamental no ordenamento jurídico brasileiro: a proteção...