Ano promissor

O compulsório dará fôlego a banco médio

Marcelle Gutierrez

São Paulo - O próximo ano começa de forma mais promissora para os bancos de pequeno e médio porte. O Banco Central aprovou circular que limita a remuneração dos recursos recolhidos para compulsórios sobre recursos a prazo, considerado pelo presidente da Associação Brasileira de Bancos Comerciais (ABBC), Renato Oliva, um "presente de Natal" ao setor.

A Circular 3.569 aprovou que a partir de 24 de fevereiro de 2012 apenas 73% do total de depósitos a prazo serão remunerados, de acordo com a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 11% ao ano. Ao fim do mês de abril, o percentual será reduzido para 64%. Segundo Oliva, isso vai provocar uma maior diluição da liquidez, ou seja, os bancos grandes vão comprar mais carteiras dos médios, o que ameniza os efeitos da impossibilidade de fazer captações no exterior.

"Nós temos a concentração dos recursos da captação dos depósitos a prazo. Mais de 95% são realizados por investidores menos qualificados, os clientes que focam nos grandes. Para os médios, ficam os qualificados, que são poucos. Concentra a liquidez. Agora desenha as normas e regulações de forma mais sólida, com liquidez mais bem distribuída."

Outra importante mudança com a Circular 3.569 é a inclusão das letras financeiras no rol de ativos elegíveis para fins de dedução do recolhimento sobre recursos a prazo. "Antes, para cumprir a exigência do compulsório, os bancos maiores compravam Certificados de Depósito Interbancário (CDIs). Agora vinculam a Letra Financeira dentro do escopo de possibilidades e o CDI vai ter vida curta, ou seja, será substituído", afirma Oliva. Com essa medida, especialistas afirmam que mais uma vez o Banco Central se antecipou a um possível problema de insolvência no sistema.

 

Extraído de DCI

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