Padronizar atendimento a clientes facilita o trabalho do advogado

ESTRATÉGIA JURÍDICA

Atender clientes de maneira padronizada facilita o trabalho do advogado

27 de agosto de 2013

Por Luíza Giovancarli

Escritórios de advocacia estão acostumados a atender diversos clientes com demandas diferentes umas das outras. Porém, existem formas de padronizar que podem facilitar o trabalho e oferecer um tratamento especializado para cada um deles. Traçar um modelo que possa ser aplicado a todos, ou seja, criar um padrão único, auxilia até mesmo na hora de em que é necessário flexibilizar para se adequar às especificidades de cada um.

Para Simone Viana Salomão, gerente na Totvs, quando esse tipo de controle não é criado fica muito difícil ter uma atuação estruturada. “Você deixar que cada núcleo atenda seus clientes à sua maneira desconfigura a empresa como um todo. Às vezes, o escritório é muito conhecido por atender muito bem um cliente, tem uma área que é muito forte e aí subentende que isso se replique nas outras áreas. Mas se não existe um controle padronizado pode ser que você tenha uma área tributaria ótima e uma área cível péssima, por exemplo”.

Como isso pode funcionar na prática? Simone traz o exemplo de um escritório que faz atendimento ao setor financeiro. Cada banco tem um modelo de faturamento, um modelo de relatório, uma gestão específica. “Se eu tenho um esquema padrão básico, de sistema próprio no qual eu possa fazer um controle das informações de uma maneira padrão e que eu consiga extrair essas informações ou modelo de cobrança, de faturamento, conforme o banco me pede, fica muito mais fácil”.

Mas afinal, como fazer isso sem deixar de dar total atenção ao cliente e atendê-lo de acordo com suas demandas? Para Simone, isso é possível, mas depende do modelo de negócio de cada escritório.É importante o advogado conhecer ão apenas o cliente, mas a sua própria equipe, ou seja, como funciona, quais são os pontos fortes de cada funcionário, quais são as potencialidades. É preciso também levar em conta que colocar apenas uma pessoa para atender a diversos clientes é ruim. O ideal é que a equipe esteja bem distribuída e afinada.

“Depende, se o escritório vai ser mais especializado ou se vai ser um escritório mais básico. Primeiro, você tem que ter uma estrutura básica definida do seu escritório para poder identificar quem tem um perfil para lidar com determinado cliente, para poder conversar, porque nem todo mundo da sua equipe, seja advogado ou não, conversa bem com um cliente. Tem gente que conversa melhor, tem gente que é melhor escrevendo. Então, se você conhece bem a equipe, os recursos que você tem e, principalmente, conhecendo o que o cliente quer, você consegue formatar isso de maneira personalizada”.

Simone também acredita que a troca constante de equipe é um problema que deve ser evitado.  “Em muitos escritórios coorre uma “juniorização”, ou seja, na hora de atender vai um sócio, um sênior, mas no dia-a-dia fica um advogado júnior que muda constantamente. Perde-se o histórico dessa relação”.

 

Fonte: Última Instância

Notícias

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório

A renúncia à herança e seus efeitos no processo sucessório Pedro Henrique Paffili Izá O STJ reafirma que renúncia ou aceitação de herança é irrevogável, protegendo segurança jurídica e limites da sobrepartilha. quinta-feira, 25 de setembro de 2025 Atualizado às 07:38 No recente julgamento do REsp...

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento 23/09/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do DPE-TO) No Tocantins, uma idosa de 76 anos conseguiu formalizar o divórcio de um casamento que havia se dissolvido na prática há mais de duas décadas. A...

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país Entre 2020 e 2024, número de procedimentos cresceu 49,7%, segundo o Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal O volume de famílias que têm resolvido a partilha de bens de forma extrajudicial vem aumentando desde 2020, quando foi...

Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação

Ex é para sempre Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação Danilo Vital 22 de setembro de 2025, 19h18 “Enquanto os haveres não forem efetivamente pagos ao ex-cônjuge, permanece seu direito de crédito em face da sociedade, que deve incidir também sobre os lucros e...

Imóvel de família é impenhorável mesmo que incluído em ação de inventário

Bem intocável Imóvel de família é impenhorável mesmo que incluído em ação de inventário Danilo Vital 18 de setembro de 2025, 17h50 “Na hipótese em que o bem imóvel for qualificado como bem de família, ainda que esteja incluído em ação de inventário, deve ser assegurada a sua impenhorabilidade no...