Burocracia atrapalha registro de bebê gerado por avó

Burocracia atrapalha registro de bebê gerado por avó em Santa Catarina

Publicado em: 09/02/2015

Pais biológicos precisam de ordem judicial para certidão de nascimento. Criança nasceu na quinta-feira (5), fruto de inseminação artificial.

A certidão de nascimento de Arthur, filho biológico de Gleice e Kleber da Cunha gerado na barriga solidária da avó Nivalda Maria Candioto, ainda não foi expedida. O bebê nasceu na quinta-feira (5) em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Por questões burocráticas, o registro dos pais biológicos no documento ficou comprometido.

A criança, fruto de uma inseminação artificial, nasceu às 7h45. À tarde, o Hospital Unimed de Criciúma registrou Nivalda como mãe da criança na declaração de nascido vivo (DNV). De acordo com o Cartório de Registro Civil Títulos e Documentos de Criciúma, de praxe, a certidão de nascimento contém os mesmos dados do documento expedido pelo hospital.

Com essa situação, os pais ainda não registraram oficialmente a criança. Conforme Kleber, ainda no hospital, os documentos do registro da inseminação artificial foram apresentadas, mas não foram aceitos.

"Nós procuramos duas semanas antes do parto o cartório, que nos disse que eu não poderia ser registrada como mãe. Vamos procurar a Justiça para resolver o caso", disse Gleice.

Neste sábado (7), a avó Nivalda e o neto Arthur saíram do hospital. Os pais afirmaram que na segunda-feira (9) vão ao Fórum de Criciúma tentar resolver a situação.

Processo de registro

Conforme o oficial de registro civil Marcos Vinicius Almada Fernandes, do Cartório especializado de Criciúma, é necessária uma ordem judicial para alterar os dados da documentação.

"O cartório segue exatamente as informações do DNV. Para mudar, é preciso uma determinação judicial expedida pela juíza da Vara de Recursos Públicos da Comarca", disse o oficial de registro civil.

Fernandes esclarece que uma certidão de nascimento é feita no prazo médio de 15 dias após o nascimento da criança. Por determinação judicial, o prazo pode se estender em até 60 dias.

Na opinião da advogada Janaína Alfredo da Rosa, o hospital não agiu errado ao registrar Nivalda como parturiente. “O hospital está legalmente correto. A certidão de nascidos vivos vai no nome de quem gerou. Ao sair do hospital, o casal tem que procurar a via judicial pra regularizar isso", esclarece.

Gleice também precisa deste registro para solicitar licença-maternidade, para poder viajar com o filho sem precisar de autorização judicial e demais direitos como mãe.

A história de Arthur

Arthur nasceu com 51 centímetros e pesa 3,615 quilos. A avó Nivalda, de 55 anos, aceitou ser barriga solidária da filha Gleice, de 31 anos, ao descobrir que ela não poderia engravidar por não ter o útero.

Em maio de 2014, um óvulo fecundado a partir do material genético da filha e do genro foi implantado em Nivalda. Foram oito minutos de procedimento, 20 de descanso e um resultado após 17 dias: Nivalda estava grávida. "É um gesto de amor. O maior presente que poderia dar à minha filha", disse a catarinense
.

Fonte: G1
Extraído de Recivil

Notícias

STJ terá sete novos ministros até o meio do ano

Extraído de JusClip STJ terá sete novos ministros até o meio do ano 14/03/2011 A presidente Dilma Rousseff deve indicar esta semana três novos ministros para o Superior Tribunal de Justiça. Dilma recebeu há um mês, do STJ, três listas tríplices com nomes de advogados que ocuparão o cargo de...

Descoberta de traição após núpcias não enseja anulação do casamento

Extraído de Arpen SP TJ-SC - Descoberta de traição após núpcias não enseja anulação do casamento A 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça manteve sentença da comarca de Itajaí, que julgou improcedente o pedido de anulação de casamento ajuizado por uma mulher que descobriu ter sido traída...

Repercussão geral

  STF julgará indulto e suspensão de direitos políticos Os ministros do Supremo Tribunal Federal entenderam que existe repercussão geral na discussão sobre a constitucionalidade ou não da extensão do indulto a medida de segurança decretada em relação a acusado considerado perigoso e submetido...

Distribuidora não pode vender a posto de concorrente

Extraído de domtotal 10/03/2011 | domtotal.com Distribuidora não pode vender a posto de concorrente Postos que firmam contrato de exclusividade com uma distribuidora de combustíveis estão obrigados a adquirir e revender os produtos apenas da empresa contratante. A decisão é da 15º Vara Federal do...

Lei mineira que impede desconto em folha inferior a 10 reais é contestada no STF

Quinta-feira, 10 de março de 2011 Lei mineira que impede desconto em folha inferior a 10 reais é contestada no STF A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4571) com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual contesta...

STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos

09/03/2011 - 16h06 DECISÃO STJ garante à companheira partilha dos bens adquiridos durante união de 18 anos A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que reconheceu a união estável, pelo período de 18 anos, de um casal cujo homem faleceu, bem como a partilha dos bens...