Corrupto pode perder direito a fiança

Corrupto pode perder direito a fiança

Iara Guimarães Altafin | 17/12/2014, 13h07 - ATUALIZADO EM 17/12/2014, 13h28

O crime de corrupção poderá passar a ser classificado como hediondo no novo Código Penal. Com isso, o acusado de praticar o crime que for detido permanecerá preso até a sentença condenatória, pois perderá o direito de sair da detenção mediante pagamento de fiança.

A medida está prevista no projeto (PLS 236/2012) que atualiza a lei penal, pronto para ser votado na Comissão de Justiça (CCJ) antes de ir a Plenário. A relação de crimes hediondos já previstos na Lei 8.072/1990 passará a constar do novo Código Penal, acrescida de corrupção ativa e passiva, peculato e excesso de exação (crime praticado por servidor que desvia recursos públicos em proveito próprio).

O texto aumenta de dois para quatro anos a pena mínima para condenados por corrupção, seja ativa ou passiva, mantendo a pena máxima em 12 anos.

O projeto prevê ainda que o novo código tenha um título específico para crimes contra a administração pública, sistematizando normas legais sobre delitos praticados por servidor público.

Está nesse título a tipificação do crime de enriquecimento ilícito de funcionários públicos, quando há incompatibilidade entre renda e patrimônio acumulado. A medida foi defendida por juristas, que consideram o crime de corrupção difícil de ser flagrado e sugerem buscar na consequência do ato – o enriquecimento ilícito dos agentes – a comprovação do delito.

A pena para o crime de enriquecimento ilícito é de dois a cinco anos de prisão, além do confisco dos bens.

Abuso de autoridade

Também há aumento da pena para o crime de abuso de autoridade, hoje fixada em no máximo seis meses, que passaria a ser de dois a cinco anos. O capítulo destinado a esse tipo de crime passa a incluir novas situações, não previstas na Lei de Abuso de Autoridade, que deverá ser revogada.

Passa a ser crime de abuso de autoridade, por exemplo, submeter o investigado ao uso de algemas quando ele não oferecer resistência à prisão e não colocar em perigo sua própria integridade física ou de outra pessoa.

Também foram sistematizadas e ampliadas no novo Código as medidas para coibir fraudes em licitações, em capítulo que relaciona os crimes contra o sistema de contratações públicas.

Agência Senado 

 

Notícias

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento

Idosa de 76 anos obtém divórcio judicial para oficializar novo casamento 23/09/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do DPE-TO) No Tocantins, uma idosa de 76 anos conseguiu formalizar o divórcio de um casamento que havia se dissolvido na prática há mais de duas décadas. A...

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país

Valor Econômico: Volume de inventários digitais cresce no país Entre 2020 e 2024, número de procedimentos cresceu 49,7%, segundo o Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal O volume de famílias que têm resolvido a partilha de bens de forma extrajudicial vem aumentando desde 2020, quando foi...

Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação

Ex é para sempre Ex-cônjuge não sócio tem direito a lucros distribuídos depois da separação Danilo Vital 22 de setembro de 2025, 19h18 “Enquanto os haveres não forem efetivamente pagos ao ex-cônjuge, permanece seu direito de crédito em face da sociedade, que deve incidir também sobre os lucros e...

Imóvel de família é impenhorável mesmo que incluído em ação de inventário

Bem intocável Imóvel de família é impenhorável mesmo que incluído em ação de inventário Danilo Vital 18 de setembro de 2025, 17h50 “Na hipótese em que o bem imóvel for qualificado como bem de família, ainda que esteja incluído em ação de inventário, deve ser assegurada a sua impenhorabilidade no...