Juiz cancela penhora de apartamentos adquiridos de boa-fé

11/07/2014 - 17:00 | Fonte: TJDFT

Juiz cancela penhora de apartamentos adquiridos de boa-fé por compradores

O juiz de Direito da 6ª Vara Cível de Brasília cancelou a penhora de apartamentos do Condomínio Residencial Saint Tropez, registrados em nome de Moneytarius Construção e Incorporação LTDA, localizado na Ceilândia. Um grupo de condôminos entrou com ação para impedir a penhora dos imóveis.

Contam os embargantes que seus imóveis (apartamentos 101 a 112) vêm sendo penhorados em ação que está em fase de execução de sentença. Dizem que, quando da realização da penhora, os embargantes se encontravam na posse de suas unidades. Afirmam que a Moneytarius, antes do final da obra, depois de vender e receber o preço das unidades transferiu a posse dos apartamentos aos promitentes compradores, sem que houvesse os acabamentos finais, o registro de incorporação e o habite-se, além de não ter outorgado as escrituras definitivas.

A construtora e o grupo de pessoas, que tem direito a receber em virtude de dívidas, não apresentaram contestação.

O juiz decidiu que os embargantes tornaram-se possuidores do imóvel em período anterior, isto é, antes da penhora realizada no processo principal. Os embargantes não tinham conhecimento, pelo exame da matrícula do imóvel, de que moviam ação contra a Moneytarius Construção e Incorporação LTDA, adquirindo, assim, as unidades de boa-fé. Logo, os embargos de terceiro devem ser acolhidos, em reconhecimento à boa-fé dos embargantes quando da aquisição dos respectivos imóveis.

Processo: 2012.01.1.170815-8

 

Extraído de Âmbito Jurídico

 

Notícias

STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar

Família STJ julga caso inédito de adoção unilateral com manutenção de poder familiar 4ª turma fixou solução inovadora proposta pelo ministro Buzzi. Da Redação sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 Atualizado em 7 de dezembro de 2019 16:30 A 4ª turma do STJ concluiu na quinta-feira, 5, julgamento que...

Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento?

Opinião Inclusão do cônjuge do devedor na execução: até onde vai a conta do casamento? Lina Irano Friestino 19 de dezembro de 2025, 9h25 A decisão do STJ no REsp 2.195.589/GO reforça algo que, no fundo, já estava escrito na lógica do regime de bens: casar sob comunhão parcial significa dividir não...

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero

Contrato e pacto antenupcial pela perspectiva de gênero Autor: Rodrigo da Cunha Pereira | Data de publicação: 16/12/2025 O Direito das Famílias e Sucessões está cada vez mais contratualizado. Isto é resultado da evolução e valorização da autonomia privada, que por sua vez, vem em consequência do...

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro

Autocuratela o novo instrumento que redefine autonomia no futuro Marcia Pons e Luiz Gustavo Tosta Autocuratela, agora regulamentada pelo CNJ, permite que qualquer pessoa escolha seu curador antecipadamente, reforçando autonomia e prevenindo conflitos familiares. terça-feira, 9 de dezembro de...