O País cresce com contadores

20/09/2013 - 17h24

Apelo à imagem do contador

Entidades buscam propagar junto à sociedade a importância do profissional contábil para o crescimento e a solidez da economia do País...

Elvis Mascarenhas

“É de fundamental relevância a campanha ‘2013: Ano da Contabilidade no Brasil’,  instituída em boa hora pelo Conselho Federal de Contabilidade, o CFC”, enfatiza o presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Fecontesp), José de Souza. “Com essa campanha, temos a oportunidade de divulgar em diferentes mídias, mostrando e conscientizando a sociedade sobre o real e importante papel do profissional da contabilidade no desenvolvimento social e econômico do País. Paralelamente, chamamos a atenção e mostramos, de forma clara e objetiva, os serviços que prestamos e o quanto são necessários e indispensáveis para a saúde das empresas”, afirma.

Segundo  Souza, a Fecontesp e as demais entidades que representam a contabilidade atuam fortemente como disseminadoras da campanha de valorização do contador, em todos os eventos que realizam, principalmente através das diferentes mídias.

“A Fecontesp esteve presente no lançamento oficial da Campanha, realizada no Congresso Nacional e, posteriormente, participamos do lançamento da Campanha no Estado de São Paulo, evento realizado na Assembleia Legislativa”, informa. “Na classe contábil existe um sentimento de orgulho e satisfação em função da campanha, por parte da sociedade temos  um respeito bem maior e solidificado. Temos certeza que os resultados serão maiores a partir deste quadrimestre, quando estiverem incrementadas as veiculações que estão em fase desenvolvimento. A campanha foi o marco inicial, devemos nos conscientizar  que todos os anos continuarão sendo da Contabilidade no Brasil”, completa.  A campanha tem o intuito de divulgar o real papel do profissional e da profissão perante a sociedade e nas organizações públicas e privadas.

Segundo o Conselho Federal, existe uma deturpação em relação aos contadores por parte de alguns segmentos da mídia,  principalmente os relacionados com determinados programas humorísticos e novelas, que apresentam o profissional de forma distorcida e irresponsável. Ou seja, a campanha tem caráter educativo.  “É uma honra, mas também uma responsabilidade muito grande ocupar esse cargo.

A opinião de Souza é reforçada  por Luís Fernando Nóbrega (foto), presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo-CRC-SP. Além dos 140 mil profissionais, a entidade reúne no estado de São Paulo mais de 20 mil empresas de contabilidade. “Nosso papel é o de servir esses profissionais e a sociedade”, afirma o executivo que está à frente do maior conselho do País, quase 1/3 do contingente nacional. O Brasil conta hoje com aproximadamente 500 mil profissionais registrados na área contábil.

O CRC-SP possui atualmente dezoito delegacias regionais e 125 delegacias locais instaladas nas maiores cidades paulistas. Para todo o suporte necessário aos profissionais da área, a entidade oferece oficinas técnicas, palestras e seminários. Há muita atividade oferecida ao longo do ano sobre os mais variados assuntos. A programação se estende a todo o estado de São Paulo. A entidade está começando a investir na educação  a distância. No site do Conselho Regional de Contabilidade já é possível acompanhar a programação. Existe, ainda, o espaço técnico disponibilizado da TV CRC-SP, que  também aborda diversas disciplinas da área contábil.

Contabilidade na educação

De acordo com a entidade, a educação é um processo de transformação de um indivíduo que deve objetivar o desenvolvimento de múltiplas dimensões, em que o exercício da profissão é só uma delas. A educação contábil deve ir além da dimensão técnica, buscando o conhecimento multidisciplinar. Segundo o Conselho, a reflexão dos valores morais deve estar inserida em todas as disciplinas, ajudando a contribuir na formação da atitude ética profissional.

Reconhecer as ameaças à profissão configura-se como o principal desafio de educadores na área contábil, pois a sociedade precisa de um profissional competente para atacar as novas demandas de negócios. Só com uma contabilidade forte a nação vai ascender ao lugar de destaque no contexto econômico de um mundo globalizado.

Setor público

Segundo o CRC-SP, a modernização da contabilidade aplicada ao setor público é de grande impacto estratégico e a gestão contábil será fundamental. O nível de maturidade do profissional  contábil para a área pública demanda conhecimento amplo, estrutura organizacional, plano de contas e demonstrações contábeis e fiscais e um amplo conhecimento em tecnologias.

Todo esse aparato profissional visa atender não só as empresas, cujos negócios tendem a ser cada vez mais transparentes, exigência dos novos tempos. De um modo geral, o  Brasil tem tomado diversas medidas com o foco no aprimoramento da transparência administrativas.

 

Fonte: DCI
 

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20/09/2013 - 17h41

O País cresce com contadores

O setor vive em constante evolução. Só na Região Sudeste do Brasil o número de profissionais ativos chega a mais de 81 mil. Só tende a aumentar...

Elvis Mascarenhas

No Brasil existem aproximadamente trezentos mil contadores, e somente no estado de São Paulo o número chega a mais de 76 mil profissionais, segundo o Conselho Federal de Contabilidade. Além disso, a contabilidade é a quarta profissão que mais oferece oportunidade de trabalho no mundo. Informações estratégicas que uma empresa necessita para tomar decisões importantes, a contabilidade oferece de forma precisa. Conhecido antigamente por “guarda-livros”,  o contador tem um importante papel na sociedade e, nesses últimos anos, as transformações foram fortes no mercado, de tal modo que confere um dos cursos que oferecem o melhor custo-benefício.

“Muitas coisas ocorreram nesse período. Quando comecei na profissão trabalhava com ficha tríplice, cópia de diário em gelatina e os equipamentos mais modernos que as empresas pequenas e médias tinham, à época, eram os sistemas Ruff e Front Feed”, relembra o presidente da BDO Auditoria, Consultoria e Contabilidade, Raul Corrêa da Silva, que conta uma experiência de mais de quarenta anos no mercado contábil.  “Em meados dos anos 70, a Sharp lançou uma máquina que seria, talvez, o primórdio dos sistemas informatizados, e já nos anos 80, começaram a ter os primeiros microcomputadores e primeiros sistemas de troca de informações entre os vários departamentos das companhias,” completa.

De acordo com Corrêa, foi o início de grande mudança, sendo que, dessa forma, a contabilidade passou a processar com maior velocidade e exatidão seus números, que mesmo assim eram insuficientes para mostrar a realidade das empresas com foco gerencial. 

“Nos anos 90, com o controle inflacionário e ERP’s mais sofisticados, porém simples, a contabilidade deu a grande guinada que passou a exercer o efetivo papel de ferramenta de controle e gerencial”, enfatiza.  “Apesar de ter começado como técnico de contabilidade em 1971, a partir de 1976  iniciei na atividade de auditoria. Uma profissão que está em permanente crescimento e adaptação no mercado”, diz. 

Para se adaptar e melhor atender os clientes diante das transformações do mercado contábil, a BDO passou por um logo tempo de amadurecimento. “Ao fundar a Terco, em 1982, procurávamos estar próximo às entidades contábeis pelo trabalho de reciclagem e atualização, bem como possibilidade de benchmarking com as outras empresas do mercado, com o desenvolvimento das normas internacionais, passamos em 1988 a ter uma representação internacional (MRI, hoje PRAXITY) e, desde aquela época, participamos com assiduidade de cursos e congressos internacionais para estar up to date com as melhores práticas contábeis internacionais”, conta.

Em 2001, ao vender a Terco e fundar a RCS, ficou fora do mercado de auditoria por força de contrato de não competição até o final de 2004. Naquele período, esteve trabalhando com finanças corporativas, o que acabou trazendo um conhecimento importante sobre ferramentas gerenciais, que implantou com sua equipe  a partir de 2005.

Considerada a maior empresa de Middle Market, iniciou-se um processo de capilarização e hoje administra a BDO RCS, quinta maior empresa do país, com 18 escritórios e mais de 800 profissionais.

Sobre o projeto de lei que exige contabilidade para todas as empresas, aprovado na CCJ do Senado, ele avalia de forma positiva e acrescenta: “Sempre trabalhei com a premissa de que a contabilidade não é para atendimento fiscal, e sim para gerar informações de decisão. Dessa forma, nunca tive clientes que não tivessem contabilidade mensal. É fundamental para a consolidação e sobrevivência das empresas”. A contabilidade mudou e o contador também.

“Hoje todas as entidades de classe permitem acesso gratuito às melhores práticas, sendo que a formação e adaptação dos profissionais às normas internacionais serão uma consequência simples e prática. Como acontece com toda mudança, o início é mais trabalhoso, mas depois apresenta uma adaptação integral”, acrescenta Corrêa.

Segundo ele, o papel do profissional de contabilidade e do empresário é um processo irreversível, e quanto antes o profissional estiver adaptado, seu escritório sai na frente com melhores condições de crescimento.

Nesse sentido, a empresa já trabalha com o Sped desde o seu surgimento, procurando auxiliar o cliente em processos tanto de informação quanto de implementação de sistemas.  Ainda segundo Corrêa, o cenário do mercado nestes últimos dois anos foi muito favorável. Com a crise europeia e uma estabilização na economia nacional, houve uma série de investimentos internacionais que acabaram por resultar em um forte processo de fusão de aquisições de empresas que movimentaram  o mercado e geraram maior necessidade em adaptar-se às novas normas.

 

Fonte: DCI

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