Sem fundo partidário e tempo de TV

Projeto cria barreiras para novos partidos

Da Redação - 26/11/2012 - 08h55

Um projeto de lei do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que poderá entrar em pauta no final deste mês na Câmara, suspende o fundo partidário e o tempo de TV e rádio para os novos partidos, até que se submetam à próxima eleição parlamentar. Teriam, assim, os direitos partidários com base no resultado das urnas e não no número de parlamentares que conseguiram arregimentar depois de fundados. A proposta gera polêmica principalmente entre parlamentares que pretendem aproveitar a fase pós-eleição municipal para mudar de partido. Informações do jornal Estado de S. Paulo.

O projeto deveria ter sido votada no início de outubro, mas foi adiada por causa das eleições. "Sempre que se passam as eleições, ocorre uma mudança de parlamentares de partido. Temos de evitar que eles, quando mudam ou criam uma nova legenda, levem para o novo partido o tempo de televisão e o fundo partidário. A base para isso deve ser a eleição passada. Portanto, o novo partido só deverá ter o fundo partidário e o tempo de TV após se submeter a uma eleição", afirmou Edinho.

Se a proposta for aprovada, partidos novos que forem criados daqui para a frente só receberão o dinheiro do fundo e gozarão de tempo na TV em 2015.

O projeto do deputado do PMDB já causa inquietação. O PSOL anunciou que vai recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se a proposta for aprovada. Partidos considerados nanicos, que têm pouca representação no Congresso, entraram no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação, em 2006, e derrubaram a cláusula de barreira, que limitava atividades parlamentares, tempo de TV e distribuição dos recursos do fundo partidário a eles. Na época, a Corte considerou a regra inconstitucional por ferir o princípio do pluripartidarismo.

Apesar de ter 30 partidos registrados no TSE - mais um, a Arena, está vindo aí -, o sistema partidário brasileiro é tido como arcaico, os programas são uma ficção e boa parte das agremiações têm dono. Por isso, qualquer reforma partidária encontra muitas dificuldades de aprovação.

Com base nesse histórico, os parlamentares já preveem uma batalha no Congresso e na Justiça em torno do projeto que acaba com o fundo partidário e com o horário de TV para as novas siglas até que se submetam a uma eleição.

A última guerra entre os partidos por causa dos milhões do fundo partidário e da TV ocorreu às vésperas da eleição municipal deste ano.
 

Fonte: Última Instância

Notícias

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens

Justiça nega exclusão de imóvel em divórcio com regime de comunhão de bens Autora argumentou que bem foi comprado com recursos próprios 23/05/2025 - Atualizado em 23/05/2025 Origem da Imagem/Fonte: TJMG Justiça entendeu que não há provas no processo de que o bem foi adquirido com recursos...

STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança

Sucessão STJ exclui de partilha de novos bens herdeiro que renunciou à herança Colegiado entendeu que renúncia à herança é ato irrevogável, impedindo participação em sobrepartilha. Da Redação terça-feira, 13 de maio de 2025 Atualizado às 18:24 Por unanimidade, a 3ª turma do STJ decidiu que a...

Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico

Vínculo afetivo Justiça reconhece pai socioafetivo sem excluir o biológico O juiz autorizou a expedição de mandado ao cartório de registro civil para averbação da sentença. Da Redação quarta-feira, 14 de maio de 2025 Atualizado às 12:05 A vara de Família e Sucessões de Varginha/MG reconheceu, por...

Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio

SÓ QUANDO CONVÉM Juíza reconhece nulidade de algibeira em caso de execução de patrimônio 8 de maio de 2025, 11h57 Tal conduta caracteriza a chamada ‘nulidade de algibeira’. Em síntese, a nulidade de algibeira consiste na estratégia de não alegar a nulidade no momento em que ela ocorre, utilizando-a...

Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ

Opinião Quando o bem de família pode ser penhorado? Jurisprudência do STJ Caroline Valéria Adorno de Macêdo 5 de maio de 2025, 6h32 A jurisprudência do STJ tem reiterado que tais exceções devem ser interpretadas restritivamente, em respeito à função social da moradia e à dignidade da pessoa...