Adiada a votação que extingue o voto secreto

PEC de Alvaro Dias só para mandatos embasou adiamento 

11/09/2013 - 11h20 Comissões - Constituição e Justiça - Atualizado em 11/09/2013 - 12h12

Adiada a votação da PEC que extingue o voto secreto

Da Redação

Pedido de vista apresentado pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 43/2013 transferiu para a próxima semana a votação da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A proposta acaba com a votação secreta no âmbito do Poder Legislativo.

Encampada por outros senadores e transformada em "coletiva", a vista foi embasada na demora da Câmara dos Deputados em votar PEC de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que prevê o fim do voto secreto apenas para a cassação de mandatos parlamentares.

- Devemos aguardar a Câmara aprovar a PEC do senador Alvaro Dias - afirmou Lopes, com a concordância do autor da matéria e do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Na opinião deste, se os deputados aprovarem a proposta do senador pelo PSDB, a PEC 43/2013 "ficará prejudicada".

Antes que o pedido de vista fosse concedido pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o  senador Sérgio Souza (PMDB/PR) leu seu relatório favorável à PEC.

No texto, Sérgio Souza mantém o texto original da proposta (PEC 349/2001) aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 3 de setembro passado. Assim, a votação relacionada ao processo de perda de mandato de deputado Federal ou senador acusado de quebra de decoro parlamentar, ou que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, passa a se dar de modo aberto e público.

Também ficam abertas todas as votações, nas comissões e no Plenário, relativas a indicações de autoridades feitas pela Presidência da República, ou seja, à escolha de ministros dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União; governadores de territórios; presidente e diretores do Banco Central; procurador-geral da República; chefes de missão diplomática de caráter permanente; e titulares de outros cargos que a lei determinar.

O voto secreto será banido igualmente para as votações referentes a vetos presidenciais apostos a projetos de lei aprovados pelo Congresso Nacional e à exoneração do procurador-geral da República antes do término de seu mandato.

Em seu parecer, Sérgio Souza afirma que não se justificam mais votações secretas no Legislativo.

“No passado, justificavam-se essas votações sob o argumento de que era necessário proteger o parlamentar das pressões oriundas de diversas instituições detentoras de poder político e administrativo. Hoje, diante da presença maior e mais expressiva da cidadania no acompanhamento das atividades do Congresso Nacional, podemos entender e afirmar que todas as pressões que atuam contrariamente à independência e à autonomia do parlamentar na formação de sua vontade podem ser compensadas pela vigilância dos cidadãos. Avançamos nas páginas da História e hoje a sociedade clama por transparência para melhor fiscalizar o seu representante”, diz o senador.

Após apresentar seu relatório, Sérgio Souza disse que continuará buscando convencer os líderes partidários a orientarem suas bancadas a votarem favoravelmente ao texto original enviado pela Câmara.

“A transparência e a publicidade devem reger a vida pública e o funcionamento das instituições do Estado, além de contribuir para a vigilância do cidadão sobre as atividades do Congresso Nacional. Por isso, defendo o voto aberto em todas as circunstâncias”, afirmou Sérgio Souza.

 

Agência Senado

 

Notícias

Justiça do Amazonas reconhece multiparentalidade em registro de adolescente

Justiça do Amazonas reconhece multiparentalidade em registro de adolescente 07/11/2025 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações da DPE-AM) A Vara Única de Itapiranga reconheceu judicialmente a multiparentalidade no registro civil de um adolescente de 15 anos. Com a sentença, ele...

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso

Pela 1ª vez, uniões consensuais superam casamento civil e religioso Censo 2022 revela que 51,3% da população tinha relação conjugal Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil Publicado em 05/11/2025 - 10:03 Brasília Origem da Imagem/Fonte: Agência Brasil  -  Certidão de...

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio

STJ autoriza penhora de imóvel financiado para quitar dívida de condomínio Alessandro Junqueira de Souza Peixoto A decisão do STJ muda o jogo: Agora, imóveis financiados também podem ser penhorados para pagar dívidas de condomínio. Entenda o que isso significa para síndicos e...

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais

Neto poderá ter avós maternos reconhecidos como seus pais Ele moveu ação para reconhecimento de paternidade e maternidade socioafetiva 29/10/2025 - Atualizado em 29/10/2025 A 4ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou uma sentença da Comarca de Diamantina e...

Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia

Opinião Georreferenciamento: novo prazo para 2029 gera alívio e controvérsia Nassim Kassem Fares 27 de outubro de 2025, 19h35 O projeto e seu substitutivo, que estendeu a prorrogação para todos os imóveis rurais, tiveram como objetivo oferecer “uma solução legislativa viável, segura e proporcional...