Artistas divergem sobre arrecadação de direitos autorais
30/09/2011 - 19h27
O modelo de arrecadação de direitos autorais foi criticado nesta sexta-feira (30) pela cantora e compositora Fernanda Abreu em audiência pública no Rio de Janeiro realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supostas irregularidades no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), responsável pela atividade.
Ex-integrante do grupo Blitz e co-autora de sucessos como Veneno da Lata e Garota Sangue Bom, Fernanda Abreu apontou dificuldades no recebimento de direitos autorais e disse que o Ecad presta um serviço caro e ineficaz. A cantora também cobrou mais transparência, e afirmou que o modelo de arrecadação relativo à edição atual do festival Rock in Rio não é eficiente.
Já o diretor institucional do Ecad, Márcio do Val, disse que não se pode distribuir o que não se arrecada, e que o grande problema do setor é a inadimplência, uma vez que muitos não pagam o que é devido à instituição. O diretor da União Brasileira de Compositores (UBC),l Fernando Brant, também defendeu o atual modelo de gestão coletiva e disse que o Estado não deve interferir nessa questão. O cantor e compositor Nei Lopes também defendeu o Ecad, reiterando que a inadimplência prejudica a atividade do órgão.
Uma reformulação da atividade do Ecad foi defendida pelo diretor do Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro, Tim Rescala, e pelo cantor, compositor e músico Dudu Falcão. Já o cantor, compositor e produtor João Roberto Kelly, autor das célebres marchinhas de carnaval Cabeleira do Zé Zé e Mulata Bossa Nova, defendeu o diálogo e a união profissional.
A CPI do Ecad é presidida pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). O relator do colegiado é o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Da Redação / Com informações da TV Senado
Agência Senado