"Brasil assumiu regras para sediar a Copa"

08/11/2011 13:57

Fifa analisa ingresso de 25 dólares para estudante e idoso na Copa

Secretário-geral da entidade defende uso de copos plásticos para a venda de cerveja nos estádios.

Leonardo Prado
Ricardo Teixeira (presidente da Confederação Brasieleira de Futebol - CBF), Jèrôme Valcker (secertário-Geral da FIFA)
Valcke (D): Brasil assumiu compromisso de aceitar determinadas regras quando pediu para sediar Copa

O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, disse nesta terça-feira que a entidade estuda uma categoria especial de ingressos com preço reduzido para os jogos da Copa do Mundo de 2014. Nessa categoria seriam incluídos os estudantes, idosos e pessoas de baixa renda. Esse preço seria de aproximadamente R$ 43 (o equivalente a 25 dólares) e não valeria apenas para a abertura e para o encerramento.

Essa posição da Fifa atende a reivindicações de parlamentares e do governo brasileiro. Quanto à proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios, também reivindicada por deputados, Valcke não concordou. Ele defendeu a venda de cerveja em condições controladas, argumentando que isso ocorreu nas copas anteriores e não gerou guerras de torcidas nos estádios, nem mesmo em jogos de adversários históricos, como Brasil x Argentina e Holanda x Alemanha, por exemplo.

Valcke e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, participaram de audiência pública da comissão especial responsável pela análise do projeto da Lei Geral da Copa.

Ingresso mais barato
Segundo Valcke, a possibilidade de haver um ingresso “popular” foi discutida em conversa que teve com a presidente Dilma Rousseff, para discussão do projeto da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014 (PL 2330/11, do Executivo). Na ocasião, ele disse ter concordado com uma reivindicação da presidente, que era a meia-entrada para maiores de 60 anos, em respeito ao Estatuto do Idoso.

Valcke afirmou que a Fifa não quer mexer em leis nacionais. Ele admitiu que a entidade “não gosta” da ideia de meia-entrada para estudantes, mas disse que esse é um problema técnico e não financeiro. Por isso, ele sugeriu a criação da categoria especial (chamada categoria 4), já que os estudantes não se enquadram nos critérios atuais da Fifa.

O secretário-geral advertiu, entretanto, que será preciso encontrar uma forma de esses ingressos com preços mais baixos não serem comprados por cambistas nem por pessoas que possam pagar o preço normal.

Cerveja
Valcke afirmou que até na Rússia e no Catar, países em que a venda de bebida alcoólica é rigorosamente proibida em estádios, houve uma exceção para a Fifa. “Foi considerado que a Copa é um evento particular e que excepcionalmente o álcool seria comercializado nos estádios”, afirmou.

“Não vou assumir compromisso de que não será vendido álcool nos estádios, mas esse pedido será levado em consideração. Sei que essa resposta não é satisfatória, mas é a que posso dar hoje”, afirmou.

“Temos esse acordo com nossa parceira Budweiser, de venda de álcool controlada nos estádios. A venda controlada significa, por exemplo, que a cerveja é vendida em copos de plástico e não em garrafas ou latas, que podem ser utilizadas como armas”, disse ele.

Ambulantes
Valcke disse que a Fifa não vai interferir no comércio de ambulantes nas proximidades dos estádios. Ele explicou que haverá um perímetro de segurança de aproximadamente um quilômetro em torno dos estádios, no qual as marcas dos patrocinadores da Copa serão protegidas. Entretanto, segundo ele, essa regra se aplica a empresas e não a vendedores ambulantes.

Contra o tempo
Ricardo Teixeira pediu “entendimento e cooperação” dos deputados para a aprovação rápida do projeto. “A democracia é saudável, mas o tempo não está mais ao nosso lado. O Brasil fez compromisso com a Fifa e agora tem o dever de fazer uma Copa inesquecível”, afirmou ele.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Verônica Lima /Rádio Câmara
Edição - Wilson Silveira - Foto: Leonardo Prado

Agência Câmara de Notícias

 

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