Brasil será castigado se não investir mais em logística e transporte

O presidente do Senado, Renan Calheiros, observou que o Brasil aplica apenas 0,6% do PIB em transporte e logística, enquanto a média mundial é de 1,2% do PIB  Pedro França/Agência Senado

Brasil será castigado se não investir mais em logística e transporte, adverte Renan

  

Da Redação | 04/10/2016, 11h48 - ATUALIZADO EM 04/10/2016, 12h54

O Brasil será castigado se continuar insistindo na "imprevidência" de aplicar apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em transporte e logística. O alerta é do presidente do Senado, Renan Calheiros, que participou, na manhã desta terça-feira (4), da abertura do painel “Infraestrutura de transporte e logística: desafios e perspectiva”, realizado no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB).

Renan observou que a média mundial de investimento na área é de 1,2% do PIB. O Brasil investe somente metade disso, lamentou. O resultado, segundo ele, é que a "aritmética cobrará seu preço a médio e longo prazos", gerando prejuízos irrecuperáveis à economia do país.

O senador disse que o transporte de soja brasileira via porto de Santos para Shangai, na China, custa US$ 180 por tonelada. Os Estados Unidos conseguem exportar para aquele país asiático o mesmo produto por US$ 108 a tonelada.

Atuação do Senado

Renan Calheiros disse que o Senado tem atuado para melhorar o setor. Citou como exemplo o trabalho da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) que, no ano passado, avaliou o Plano Nacional de Logística e Transporte. O resultado, segundo ele, foi um diagnóstico preciso, além de 19 propostas enviadas ao Poder Executivo e outras cinco encaminhadas para tramitação no Legislativo.

A Agenda Brasil, conjunto de propostas legislativas para contribuir com a retomada do crescimento do país, também foi lembrada pelo presidente do Senado, que defendeu a desburocratização, o aumento da segurança jurídica dos contratos e a simplificação dos processos de licenciamento ambiental.

Participantes

Além de Renan Calheiros, participam do debate o ministro dos transportes, Maurício Quintella; o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco; e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Os senadores Wellington Fagundes (PT-Mt), que é presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem, e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente da Comissão de Infraestrutura, também estão presentes no painel de debates.

O evento pode ser acompanhado ao vivo pela página do Interlegis.

 

Agência Senado

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